quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

COMUNIDADE DO BAIRRO DE FÁTIMA VAI A RUA E BOTA A BOCA NO TROMBONE


Texto/Fotos: Fabio da Silva Barbosa e Luiz Henrique Peixoto Caldas


O Bairro de Fátima vai a luta

Revoltados com as últimas mudanças no trânsito em Niterói, moradores do Bairro de Fátima se reúnem ao menos duas vezes por semana para protestar contra o infortúnio que lhes está sendo imposto. Reclamações não faltam. Canos e fios de luz estão sendo danificados, assaltos são cada vez mais freqüentes e motoqueiros invadem as calçadas até na contra-mão. Audiências estão sendo marcadas, mas parece que ninguém se sensibiliza com o problema.

Conversamos com José de Azevedo, Presidente do Conselho Comunitário da Baía de Niterói, que está apoiando os moradores da região nos protestos, terça feira 25 de Setembro de 2007.


Comunidade: Qual os principais problemas ocasionados pelos acontecimentos que antecederam a semana de transito?
José de Azevedo: O bairro de Fátima não foi projetado para isso, as ruas são muito estreitas. Já aconteceram vários acidentes por causa disso. As pessoas estão sem sossego. As crianças e os idosos estão adoecendo por causa da poluição do ar e sonora. Tem moradores dormindo a base de tranqüilizantes.
Comunidade: E os casos de assalto?
JOSÈ DE AZEVEDO: Vem aumentando a cada dia. Muitas pessoas diferentes estão passando por aqui. A rua está cheia de flanelinhas e vendedores. Nunca se ouviu falar disso no bairo. Antigamente todo mundo se conhecia. Hoje não se sabe quem é quem.
Comunidade: O patrimônio publico está mesmo sendo ameaçado?
JOSÈ DE AZEVEDO: Claro. Além da água e luz que está sendo afetada até carro de moradores parado em locais permitido já foram vítimas de acidente. Muitos caminhões não conseguem fazer as curvas estreitas que encontram pela frente.
Comunidade: Houve alguma melhora?
JOSÈ DE AZEVEDO: Não resolveu nada, eles transferiram o problema para outro lugar. Os moradores estão sendo procurados pela especulação imobiliária, porque desvalorizou o Bairro. Depois que subirem os prédios vão tirar o trânsito, é óbvio!
Comunidade: Qual a solução?
JOSÈ DE AZEVEDO: Em 2003 a prefeitura sugeriu um mergulhão, mas parece que mudaram de idéia.