quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Pausa de final de ano

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VAMOS DAR UMA PAUSA PARA NOS ORGANIZAR E TENTAR SUPERAR AS ATUAIS DIFICULDADES DE TRABALHO. PRETENDEMOS ESTAR DE VOLTA NO INÍCIO DE JANEIRO COM MAIS INFORMAÇÕES DIÁRIAS SOBRE AS COMUNIDADES.
FORTE ABRAÇO E ATÉ BREVE
FSB&LHPC
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Presidente da Associação de Moradores da Travessa Iara bota a boca no trombone.

Por: Fabio da Silva Barbosa
e Luiz Henrique Peixoto Caldas

A Comunidade Iara, em Santa Rosa, possui muitas particularidades, a começar pelo seu nome. Embora muitas pessoas conheçam o lugar por essa denominação que veio de sua antiga nomenclatura (Travessa Iara), a localidade foi rebatizada a cerca de dez anos com o nome Quintino José Ferreira, como se chamava um antigo morador. Edson José Ferreira, 52, Presidente da Associação de moradores local afirma que muitos nem sabem sobre a mudança e que todos ainda conhecem o lugar por Iara. Outra particularidade apontada por Edson é a localização da comunidade, que mesmo os correios considerando ser parte do bairro de Santa Rosa, muitos acreditam que o lugar faz parte do Cubango. "Mas aqui é Santa Rosa. O livro de CEP do correio é quem diz a verdade. É o registro." Informa o Presidente.
Não existem projetos sociais no local. O Presidente tem alguns projetos, mas ainda não houve incentivo de nenhuma entidade ou órgão do governo para por em prática. Embora tenha água na comunidade, à rede é muito antiga e deveria ser reavaliada, assim como a pavimentação que já apresenta desgaste em vários pontos por ter sido feita a muitos anos. Uma questão levantada relativa à água é que algumas pessoas alegam que certos moradores de comunidade não pagam água. "Mas isso é responsabilidade dos órgãos competentes. Eles têm de resolver. O problema que estou apresentando é um, eles ao invés de resolver me apresentam outro." Reclama Edson. A rede de esgoto também precisa ser revista. Entupimentos acontecem com freqüência. A comunidade conta com cerca de aproximadamente 340 casas e mais de mil moradores.
Uma das obras pedidas é no parapeito de uma das vias de acesso a comunidade, que está em estado precário e deveria manter a segurança dos moradores contra possíves acidentes. Galões de lixo foram solicitados, mas segundo nos informou o Presidente, a CLIM alegou estarem em falta.

Solta o verbo Presidente


O presidente é outra particularidade. Dono de uma opinião forte segundo ele próprio, tido por muitos como um tanto radical, Edinho, como é conhecido pela redondeza, nos recebeu em sua casa para esclarecedor e animado bate papo.
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COMUNIDADE: Você nos disse que sua administração termina no início de 2009. Você acredita que conseguiu atingir seus objetivos?

EDINHO: Não. Quando entrei na associação eu queria trabalhar de uma forma tida por muitos como arcaica, mas acredito que é a forma mais correta de trabalhar. Essa forma é a de ir à prefeitura e apresentar as deficiências da comunidade. Esses pedidos deveriam então ser atendidos com o prazo devido. Dependendo da situação apresentada. Só que o que acontece não é isso. Se você chegar lá e não tiver um cara que indicou ou uma força política, nada acontece. Só que isso é obrigação do poder público garantir o bem estar da população. Suprir essas necessidades, independente de estar colado com cicrano ou beltrano. È de desanimar. Mas eu não desanimo. Bato em uma porta, bato em outra, fazendo sempre meus ofícios.

COMUNIDADE: Os políticos, então, não têm cumprido com seu papel na sociedade?
EDINHO: Em político eu não acredito mais. Você só vê político se vangloriando de estar fazendo isso ou aquilo em lugar que tem voto. E ele não está fazendo mais que sua obrigação, já que o dinheiro dessas obras vem do próprio contribuinte. Agora, isso é obrigação da Prefeitura. Não é o Vereador que tem de estar fazendo isso. A função do Vereador é legislar e fiscalizar. Mas estar de frente nessas obras traz votos. Os valores nesse país estão se invertendo. Eu fico até com medo por observar que isso é um comportamento a nível internacional. Os corruptos estão sempre numa boa. Aí se descobre um furo e faz um alarde, mas depois acaba e fica tudo nisso mesmo. O cara continua numa boa. Só se vê obra eleitoreira. Se der menos de três mil votos não se faz obra. Deixam à comunidade abandonada. A verdade é essa cara. Isso pode ser observado até nos sindicatos. Isso dificulta trabalhar em uma associação e conseguir melhorias para a comunidade. Sou aposentado do Ministério da Saúde. A maioria dos caras que entram em uma associação daqui a pouco vem como vereador e tal... Eu não quero nada disso. Não preciso. Graças a Deus.
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COMUNIDADE: E por que isso está acontecendo?
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EDINHO: Eu sou até um pouco radical. Antigamente chegavam cadernos para o colégio público, hoje essas escolas estão abandonadas. Só o que existe agora é interesse político. O que está dando para entender é que ninguém pensa em melhorar mais nada. O principal para um povo é educação. Esse é o alicerce. É a mola mestra. Tudo que está acontecendo hoje é por falta de educação e oportunidade de trabalho. Tem de dar ocupação para crianças e jovens. Na minha época entrava 7:00 h da manhã e saía 17:30 do Colégio Henrique Laje. Isso quando não tinha ensaio da banda. Aí, quem era da banda, saía as 19:00h. Esse é o único jeito. Instruir esse povo. Se não essa criançada que está aí agora, serão os novos marginais de amanhã. Serão todos recrutados pelo tráfico. Infelizmente. Não vai ter outro jeito. Já escutei muitos relatos tristes de pessoas que tinham uma profissão, mas não conseguiam um salário digno no mercado de trabalho. Antigamente no hospital onde trabalhei tinha de tudo. Se a pessoa precisasse de caneta tinha. Hoje não leva sua caneta para trabalhar só para ver se tem como escrever. Antigamente se tinha Bucomaxilo, Nefrologista... Hoje está difícil encontrar certas especialidades na saúde pública. Ta tudo acabando. Eu to até com medo dessa situação.

COMUNIDADE: Medo?
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EDINHO: Não é brincadeira não... Se a coisa continuar desse jeito amigo... vai dar problema. Mas eles fazem isso com o povo achando que não sobra para eles. Só que isso é uma bola de neve. E quando essa bola atingir seu voluma máximo, vai sobrar para todo mundo. Vai respingar para todo lado. Se continuar desse jeito creio que chegaremos a uma revolução urbana. Vai ser um caos. Um salve quem puder. A coisa está ficando estranha. Nós temos condições de ser o primeiro lugar do mundo, mas o roubo é muito grande. A floresta amazônica é riquíssima e não existe um controle eficaz. Se qualquer outro país tivesse a metade da corrupção que tem aqui já tinha quebrado. Você não vê ninguém vindo de bom grado para fazer o certo simplesmente por ser certo. Ninguém quer fazer um bom trabalho para ajudar os menos favorecidos. Eles querem arrumar algum. Eles querem o status de políticos. Querem os lucros. Essa é a triste verdade. Acho que isso deve ter a ver com aquela lei do Gerson.
COMUNIDADE: E por que o povo não reivindica seus direitos?
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EDINHO: O povo, coitado, é quem paga. Paga por estar mal instruído. Não conhece seus direitos. Vou continuar batendo nessa tecla. E-D-U-C-A-Ç-Ã-O. Um exemplo disso é o voto nulo. Quase ninguém sabe o que é o voto nulo. O que acontece. O que se vê é o povo cada vez mais insatisfeito e votando no cara. Às vezes faço uma enquête na minha loja e de 50 pessoas que entram lá, uma sabe o que é o voto nulo. Como se anula, o que acontece se tiver mais de cinqüenta por cento de votos nulos. Essa é a única arma que o povo tem. O povo acha que votar é obrigação. Isso não é obrigação. É direito. De direito para obrigação existe uma distância enorme. Eles levam para outro lado. O povo não tem de ir votar porque é obrigado, mas por estar convicto da escolha de seu representante, ou então para botar todos eles na rua.
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COMUNIDADE: Isso seria uma grande mudança no modo do povo se relacionar com a política.

EDINHO: O povo não conhece a lei eleitoral, só quer cesta básica e declaração. Recebi um e-mail, onde um ex-combatente de guerra ensinava ao seu professor como se prende porco do mato. Ele disseque era muito fácil. Era só jogar um punhado de milho no quintal e esperar o porco vir comer. Depois de ele aparecer para comer o milho durante um tempo se coloca uma cerca de um lado. Passado algum tempo, o porco já vai ter se acostumado a ela. Aí você fecha em L. Passado mais um tempo você fecha em U. Um belo dia você fecha a cerca deixando apenas o portão para ele entrar e sair. Quando ele menos esperar você fecha o portão. O bolsa família é o milho. O povo não precisa de esmola. Ele tem de ter condições dignas de ir ao mercado e fazer suas compras. Essa história de cesta básica é antiga. O povo tem direito a saúde e educação, mas ninguém dá isso a ele. Eles querem que o povo viva como o porco da história. Se acostumando ao milho atirado no quintal, para quando ele menos esperar estar cercado.
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COMUNIDADE: E por que o governo não investe em educação?
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EDINHO: Porque não é interessante para ele. Eu só posso acreditar nisso. O povo está muito mal informado. Dá pena de um povo que está sendo privado da verdadeira informação. Eles falam coisas que não tem nada a ver com a realidade. Muitas vezes, a culpa de certas coisas cai sobre pessoas que não tem como resolver certos problemas. No meu caso, por exemplo, canso de escutar pessoas me recriminando como se tudo fosse culpa do Presidente da associação. Eu faço o ofício, peço a obra, acompanho e aí quando chega ao setor competente eles alegam que não tem dinheiro... Que não vão fazer... Se não tiver voto, um acordo com uma pessoa que abrace a área, vai ficar chupando dedo na pista. É muito difícil trabalhar assim. São pessoas que não querem ver nosso verdadeiro crescimento. Querem sempre que estejamos dependendo de sua ajuda.

Pausa de final de ano

VAMOS DAR UMA PAUSA PARA NOS ORGANIZAR E TENTAR SUPERAR AS ATUAIS DIFICULDADES DE TRABALHO. PRETENDEMOS ESTAR DE VOLTA NO INÍCIO DE JANEIRO COM MAIS INFORMAÇÕES DIÁRIAS SOBRE AS COMUNIDADES.
FORTE ABRAÇO E ATÉ BREVE
FSB&LHPC

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Para as comunidades de Minas - Contatos: FAVELA É ISSO AÍ


BOLETIM ELETRÔNICO FAVELA É ISSO AÍ – N° 77 - 01/12/2008
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audiovisual Favela é Isso promove oficinas no interior do estado A ONG Favela é Isso Aí oferece, através do Projeto Imagens da Cultura Popular, oficinas de vídeo–documentário e animação, na cidade de Santana dos Montes, a 120 km de Belo Horizonte e próximo a Conselheiro Lafaiete. As atividades começam nesta segunda e terminam no dia 10. O projeto é realizado via Lei Estadual de Incentivo à Cultura e patrocinado pela VIVO. O foco é o patrimônio cultural e histórico da cidade. As oficinas são realizadas em parceria com o Museu de Santana dos Montes, que é financiado com recursos do IPHAN/ MINC.
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Festa de inauguração de centros culturais na capital
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Três centros culturais serão inaugurados, neste final de semana, em Belo Horizonte. Os três novos espaços de cultura, que ficam nos bairros Padre Eustáquio, Salgado Filho e Jardim Guanabara, foram demandas dos moradores, via Orçamento Participativo. O Centro Cultural Padre Eustáquio, assim como o Centro Cultural do Jardim Guanabara, conta com biblioteca, salas para oficinas de artes plásticas, artes cênicas e praça com palco. O Centro Cultural Salgado Filho, além de biblioteca, tem sala de processamento técnico, espaço para o público infantil, adulto e inclusão digital, auditório multiuso com camarim, salas para oficinas de artes plásticas, hall de exposições e uma praça de eventos. Inaugurações Os centros culturais Padre Eustáquio e Jardim Guanabara serão inaugurados no sábado (06) a partir das nove horas da manhã. Já a inauguração do Centro Cultural Salgado Filho acontece no domingo (07) também a partir das nove da manha. A programação cultural dos eventos conta com corais, circo, bandas de música de diversos estilos, roda de capoeira e apresentação de dança de rua.
Endereços
O Centro Cultural Padre Eustáquio fica na Rua Jacutinga, na antiga Feira Coberta.
O Centro Cultural Salgado Filho fica na Rua Nova Ponte, 22.
E o Centro Cultural Jardim Guanabara fica na Rua João Alves Cabral, 277, no Floramar.
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Festa BC One tem edição especial em BH
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– participação do DJ Francis, do NUCA festa BC One - Edição Especial BH será realizada neste sábado (06). No repertório dos DJ,s Francis do N.U.C, Kaio Santana e Vall com muita música eletrônica e black music. A festa acontece a partir das dez horas da noite na Saga Seasons que fica na rua da Bahia, 1313, no Lourdes. Mais informações pelos telefones 3226-4795 ou 9504-7452.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Nosso TCC

Por: Fabio da SilvaBarbosa
e Luiz Henrique Peixoto Caldas
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Depois de muita luta, conseguimos, enfim, lançar em formato tablóide impresso, o Especial Comunidade Pesqueira. Esse foi o nosso TCC (trabalho de conclusão de curso). As matérias desse jornal vocês puderam acompanhar nesse blog, até com mais detalhes, já que esse é um espaço virtual e não tem limitesespaciais. Agora iremos por em exposição nosso relatório desse trabalho, que foi apresentado a banca e agraciado com nota 10. Espero que seja útil a quem se interessar. Gostaríamos de lembrar apenas que se tratade um trabalho prático, sendo o relatório um guia para analizar o jornal apresentado.
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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLÍNIO LEITE


Trabalho de Conclusão de Curso
Comunidade Editoria



COMUNICAÇÃO SOCIAL

HABILITAÇÃO:
Jornalismo

Novembro de 2008

Alunos responsáveis – Fabio da Silva Barbosa..
Luiz Henrique P. Caldas
Professor Orientador – Marco Antonio Bonetti.


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Introdução
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Em agosto de 2007, os alunos do curso de Comunicação Social do UNIPLI lançaram um jornal mensal chamado UNITERÓI, totalmente produzido a partir do trabalho interdisciplinar de diversos professores focados no sexto período de jornalismo. Até outubro deste ano, o projeto já somou 15 edições, que tratam de diversos assuntos relacionados com a cidade, mas, desde o lançamento do veículo, os dois autores do presente Trabalho de Conclusão de Curso, enxergaram a possibilidade de aproveitar o espaço para por em prática uma idéia que vinham amadurecendo há algum tempo, de produzir um espaço voltado às comunidades carentes do município de Niterói e de lá para cá produziram 15 páginas tratando das comunidades do Preventório, Cavalão, Zulu, Beltrão, Grota, Morro do Céu, Martins Torres, Paulada, Barreira, Sítio da Aldeia, Morro da Penha, Portugal Pequeno, Morro de Charitas, Comunidade Nordestina em Niterói, Morro Boa Vista, Viradouro, Comunidade Pesqueira de Itaipu, Morro da Peça, Aldeia Imbuhy, Comunidade de Rua e uma sobre a influencia da música nas comunidades, focando o Funk como ritmo mais influente atualmente no meio.
Tratam-se de regiões carentes, caracterizadas pelo abandono e a falta de políticas públicas que causem um impacto suficientemente significativo, no sentido de trazer mudanças na vida dessa população. Apesar de toda dificuldade, essas pessoas resistem através de muito trabalho e projetos, por vezes idealizados e executados por elas mesmas. Um exemplo disso é Lúcio Flávio, o popular Mamona. Morador da comunidade Alarico de Souza, conhecida como Zulu, após um dia de trabalho duro, dá aula de futebol para as crianças da comunidade.
Os textos tratam dos problemas sociais. A falta de água, esgoto a céu aberto, falta de segurança entre outros problemas comuns às localidades carentes apareciam no decorrer do trabalho. Mas também eram feitas entrevistas com as lideranças comunitárias e moradores no sentido de fortalecer as alianças locais assim como os processos de organização social e de cobrança frente aos órgãos públicos.
O sistema de distribuição do jornal foi se ampliando e atualmente atinge perto de 30 bancas de jornal no município de Niterói, especialmente nos bairros de Icaraí, Centro e Santa Rosa. Mas a cada edição, os dois alunos colocavam à disposição das comunidades participantes da edição certo número de jornais que circulava gratuitamente por ali, para que a população local pudesse ver sua realidade e suas demandas sociais impressas no informativo, que era aguardado com grande ansiedade. O informativo também tinha grande valor como cartão de visitas, já que era através dele que muitas vezes nos apresentávamos nas comunidades que sairiam nas próximas edições.
Em novembro de 2007, houve uma reunião na Câmara Municipal para tentar estabelecer as bases de criação de um Conselho Municipal de Comunicação Comunitária em Niterói, na qual os responsáveis pela página Comunidade, convidados e apresentados pelo Coordenador do Curso de Comunicação Social da UNIPLI e Editor Chefe do jornal UNITERÓI, Marco Bonetti, fizeram uma apresentação de slides e uma entrevista ao vivo com o Presidente da Associação de Moradores da Alarico de Souza (Zulu), Ricardo Monteiro. Era mais um avanço no sentido de fortalecer o movimento Comunidade, que já deixava de se restringir à página do jornal para se tornar algo maior, um espírito de participação social, sempre contando com apoio dos produtores do presente projeto, que realizaram uma apresentação do Ministério do Baião no pátio do Centro Universitário Plínio Leite, produziram camisas com a logo Comunidade, um blog na internet, Orkut e comunidade do Orkut e a arrecadação de trezentos livros, material para estantes e mão de obra para a implantação de uma biblioteca comunitária no Zulu (ainda em fase de implantação).
Numa outra frente de atuação, os dois autores do projeto visitaram comunidades em diversas oportunidades para produzir também material videográfico que foi apresentado em reportagens incluídas no telejornal do curso de Comunicação, na UNITERÓI TV e se inscreveram em festivais de curtas (ainda aguardando respostas quanto a participação. Atualmente contam com dois vídeos finalizados ( Campeonato de Futebol Alarico de Souza 2007/2008 e GRBC Um Dia Sai) e mais seis em fase de produção ( Problemas no Boa Vista, DJ @lpiste e o Funk do Bem, O ministério do Baião, Batizado da Escola de Samba da Grota, O Lixão e o Morro do Céu e o Dossiê, que mostrará a situação geral vivida pelas comunidades da cidade)
Por fim, para efeitos do Trabalho de Conclusão de Curso, o grupo formalizou junto à coordenação do curso de Comunicação sua intenção em desenvolver um jornal exclusivo para as comunidades, em formato Tablóide de 8 páginas, que se tornou o projeto específico a ser desenvolvido neste período e que é o objeto desta apresentação, e cujas fases de desenvolvimento assim como a reflexão a respeito de sua produção serão apresentadas a seguir.
Após a realização do trabalho chegamos às conclusões apresentadas no final do presente relatório.
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Justificativa
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Após o tempo decorrido no curso optamos por realizar um projeto que perpassasse por todas as disciplinas apreendidas. Um jornal foi a melhor opção encontrada por dialogar desde a fotografia à língua portuguesa. Abrangendo os conhecimentos de imagem, diagramação, interpretação, ética, entre outros.
Como o trabalho, desenvolvido durante o curso, que mais nos manteve em conexão com a realidade da profissão de jornalista, foi o relacionado às comunidades, resolvemos continuar nesse caminho que tanto nos enriqueceu e criou a oportunidade de transpor o conhecimento acadêmico dos muros da faculdade. Um trabalho que nos levou a usufruir da prática no dia a dia de um jornalista, nos impondo as condições mais adversas possíveis e inimagináveis.
Dando-nos o conhecimento de como adquirir e manter a fonte, como se apresentar em determinados locais que muitos profissionais da área nos informaram ser impossível entrar. O próprio repórter que trabalhava na época para a Prefeitura de Niterói (não pretendemos revelar aqui, por razões éticas, seu nome ou setor em que trabalhava) nos relatou sua experiência traumática no Morro do Céu, onde temos livre acesso até os dias atuais e realizamos tanto o trabalho para o impresso, quanto em vídeo.
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Metodologia
Para o desenvolvimento da atual pesquisa, foi adotado o seguinte cronograma:
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Julho – Levantamento de dados. Visita às comunidades e realização das entrevistas.
Agosto – Organização do material.
Setembro - Reuniões para decidir formato do jornal. Aulas de Page-maker para poder diagramar o projeto.
Outubro – Formatação e diagramação do jornal (1° 2° e versão).
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Resultados da pesquisa:
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Há diversos resultados importantes em relação ao desenvolvimento do projeto de Conclusão de Curso sobre o jornal Especial Comunidade. O presente relatório apresenta os dois principais do ponto de vista dos participantes do projeto.
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1 – A questão do tema

Por que um especial sobre um único assunto para lançar um jornal?

O número zero de qualquer publicação tem como patente o caráter experimental. É quando se define o que persiste e o que muda. O público alvo do Jornal são as comunidades carentes da cidade de Niterói. Em todas essas comunidades pôde-se observar, através da experiência empírica que tivemos desde o lançamento do jornal Uniterói, o grande número de pessoas que se lançam a atividade pesqueira. Alguns por



esporte, outros por lazer e principalmente nas mais próximas do mar, como profissão. Então é um assunto bastante abrangente e de interesse de várias localidades.
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2 – a necessidade de aperfeiçoar o produto antes de seu lançamento.
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O que foi mudado da primeira versão do jornal para a segunda.
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O primeiro jornal foi formatado com corpo 9 nas matérias e com bastante informação escrita. Já no segundo foi usado o corpo 11 e deu maior destaque as fotos. A intenção da mudança foi dar maior facilidade ao público alvo, que são pessoas de comunidades carentes, que teoricamente, em sua maioria, não tem o hábito da leitura.
A vantagem obtida na mudança da primeira versão para a segunda foi o objetivo descrito acima ter sido alcançado. Realmente o jornal ficou mais leve e fácil de ler. Teoricamente o problema foi resolvido, mas como sempre a prática se contrapõe a teoria e novas questões saltam como pipoca em panela quente.
O aumento das letras ocasionou a supressão compulsiva de dados das respectivas matérias. Inclusive as entrevistas tiveram que ser editadas, retirando algumas perguntas e respostas ou algumas vezes fundindo respostas que se complementavam. Se o problema fosse apenas este estaria tudo resolvido. Afinal um jornal tablóide não possui o espaço virtual que um blog ou um site possibilita ao jornalista. Ele tem de se pretender ao essencial. Mas o já citado pragmatismo nos deu a oportunidade de observar que as pessoas não têm o hábito de ler porque normalmente as notícias impressas na mídia convencional se distanciam da realidade das comunidades carentes, mesmo quando são fatos que tem conexão direta com a vida das pessoas.
Sempre tivemos o habito de levar o Uniterói até as comunidades em que fizemos o trabalho jornalístico para a página Comunidade, que agora se apresenta em forma de jornal. Nessa atividade podíamos sempre apreciar a atenção com que os moradores locais ficavam absortos na leitura. Independente da idade alguns chegam a ler a notícia por duas vezes seguidas tecendo comentários pertinentes ao escrito cada vez que terminava uma das leituras. Essa página sempre foi escrita no padrão da primeira versão do jornal, o que demonstra na prática que não é o tipo de letra ou diagramação e sim o que está escrito e em que linguagem está escrito que importa. O que nos levou a ajustar o segundo formato a um meio termo.
Nossa linguagem é a linguagem do dia a dia e procuramos nos manter fies ao que foi coletado na pesquisa de campo, cumprindo a função de repórter, que é a de reportar o fato, sem enfeites ou edições desnecessárias a seqüência de idéias expressa pelo entrevistado e futuro leitor.
Quando o morador da comunidade se depara com a matéria, independente de ter participado da mesma, diretamente ou não, ele se vê refletido naquele espelho de tipos e tem um interesse de absorver tudo aquilo, muitas vezes até reivindicando outra página no futuro.
No Morro Boa Vista, o Presidente estava cercado de moradores em um animado bate papo quando chegamos. Aqueles moradores não estavam lá quando a matéria foi feita, mas era fácil observar a cada linha lida a expressão de felicidade e orgulho de toda a comunidade estar presente naquelas palavras.
O que é necessário é uma flexibilidade nas duras regras que oprimem o jornalista para que esse resultado seja alcançado. Essa flexibilidade foi conquistada no segundo formato, que buscou a leveza de um jornal popular sem perder as informações cruciais e de interesse da população.
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Conclusão
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Esse projeto foi essencial para o aprimoramento do exercício que vínhamos pondo em prática desde o número um do UNITERÓI. Tivemos de expandir para um exemplar o que vínhamos produzindo em apenas uma página, arcando com todas as responsabilidades de produção do jornal. Passando por todas as etapas e procedimentos que exigem uma publicação desse porte.
Podemos também destacar a relevância social do projeto por ter dado voz a um segmento da sociedade que é impelida a margem devido a sua situação financeira e social. Dando um exemplo mais direto, podemos citar a situação da comunidade pesqueira retratada no projeto, que vem perdendo espaço compulsivamente para instituições como a PETROBRAS, que desfruta de grande espaço na mídia convencional para relatar o lado positivo de seu empreendimento. Pessoas como o senhor Misael de Lima, Presidente da Associação dos Maricultores Livres de Jurujuba, não costumam ser vistos na grande imprensa dando sua versão dos fatos, mesmo sua opinião, devido a seu posto e sua experiência, sendo fundamental para se tomar qualquer medida relativa a pesca e seus dependentes diretos e indiretos.
Além disso, o projeto cria uma ligação entre a academia e a sociedade, já que ele não se limita aos assuntos acadêmicos, transbordando tais limitações e elevando pontos de interesse geral ao assunto principal da publicação. Isso demonstra que a Universidade não é apenas um círculo fechado que favorece só a ela, mas é bem mais ampla, sendo capaz de beneficiar a toda sociedade, assumindo debates cruciais pra sua manutenção e existência.
O projeto foi aperfeiçoado do primeiro número para o segundo, já que ele proporcionou uma leitura mais leve e arejada de seu material sem perder o foco de interesse do público alvo. Isso nos levou a uma experiência positiva no que diz respeito ao equilíbrio e foco de uma publicação, além de alargar os limites das experiências vividas durante o curso. Experiências essas marcantes e decisivas na vida de um estudante que pretende absorver o máximo de conhecimento teórico e prático que dará o embasamento necessário em seu futuro profissional.
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Bibliografia
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COLARO, Antonio Celso. Projeto Gráfico – teoria e prática da diagramação. São Paulo: Summus, 1994.
LINS DA SILVA, Carlos Eduardo. O adiantado da hora. São Paulo, Summus, 1996.
LOPES, Dirceu Fernandes. Jornal-laboratório – do exercício escolar ao compromisso com o público leitor. São Paulo: Summus, 1992.
MARCONDES FILHO, Ciro. Jornalismo e Comunicação. São Paulo: Hacker, 2000.ROSSI, Clóvis. O que é jornalismo. São Paulo: Brasiliense, 1986.

domingo, 30 de novembro de 2008

Resultado da enquete

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Analisando, da primeira enquete postada nesse blog até a última, podemos observar uma rejeição ou desconfiança das instituições e normas que regem o sistema em que vivemos. Por que então essas normas que deveriam nos servir não são modificadas?


Porque não é interessante para a classe dominante.
3 (30%)

Porque as pessoas tem medo de mudanças.
2 (20%)

Porque todos estão acomodados. Quem cala consente.
5 (50%)

Votos : 10

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Comunidade Indígena em contato

De:
Este remetente é verificado pelo DomainKeys
"Tekoa MBoy-Ty (Aldeia Guarani de Niterói)" Adicionar remetente à lista de contatos
Para:
comunidadeeditoria@yahoo.com.br

Amigos e Colaboradores da Aldeia Tekoa Mboy-Ty,

Na última semana, entre os dias 17/11 e 21/11, aconteceu um grande Encontro de Caciques da etnia Guarani de todas as partes do Brasil e das Américas. O Encontro aconteceu em Curitiba, onde se reuniram 400 Caciques Guarani para discutirem sobre os problemas de suas aldeias, as demarcações de suas terras e temas afins. O Cacique Darci Tupã, da Aldeia Tekoa Mboy-ty de Niterói, marcou sua presença no Encontro através de seus belos depoimentos.
Segue abaixo, o relato de um amigo que teve a oportunidade de presenciar este lindo Encontro de lideranças Guarani. Vide no final, um trecho do depoimento do nosso amigo Darci Tupã.

Abraços Fraternos,

Os Colaboradores da Aldeia Tekoa Mboy-Ty



----- Original Message -----

From: roberto.rathunde@copel.com

Sent: Thursday, November 20, 2008 11:30 AM

Subject: Encontro de Lideranças Guarani

Javyju amigos:
Ontem no final da tarde-noite estivemos - eu, Guilherme e Renata (amiga do Gui) - na aldeia Araçaí, onde tivemos a oportunidade de participar um pouquinho do grande encontro de lideranças guarani das américas. Estima-se que estejam por lá cerca de 200 pessoas, a grande maioria caciques e pagés. O encontro é uma iniciativa dos próprios indígenas - um congresso de lideranças que se formou para tratar, prioritariamente, da questão da terra. Têm o apoio de instituições, ONG´s e particulares. A FUNAI marca uma importante presença e pudemos sentir uma postura muito profissional, positiva e sensível às reivindicações dos parentes. Enfim, o que vimos lá foi, acima de tudo, uma grande articulação guarani em prol dos interesses de seu povo. Presente nas falas o sentimento de que eles próprios precisam assumir posições de liderança e tomar iniciativas na direção da solução dos principais problemas dos povos indígenas - principalmente a reconquista das terras. Em paz, mas com determinação e energia! Saimos de lá ontem com a sensação de que algo de muito importante está acontecendo. Sentimos a presença da dignidade, da força um povo, ao par da amorosidade, do acolhimento, da forte e sempre presente espiritualidade. Que Nhanderu abençoe a todos nós e aos parentes neste momento histórico e nos que estão por vir! Abraços e beijos, Roberto "Falam em saúde, em educação, mas sem a terra, não tem saúde, não tem educação." (lider guarani - litoral paulista) "Dois erros que o homem branco cometeu: o primeiro foi matar índios; o segundo foi não matar todos." (lider guarani - litoral paulista) "Dois erros que o homem branco cometeu: o primeiro foi arrancar o tronco; o segundo foi não arrancar as raízes." (lider guarani da aldeia de Camboinhas, Niteroi/RJ)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Q CHEGA PELO ORKUT






LA REALIDAD - Natalia Toledo, Nación Zapoteca,Mexico
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de: .Renata Machado I
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para: Em busca da terra sem males...
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enviado: 24 de novembro de 2008 18:44
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http://br.youtube.com/watch?v=PcKlFJQ-q6g

.LA REALIDAD - Natalia Toledo, Nación Zapoteca,MexicoEsos rostros cubiertos que descienden de la montaña como cactus erguidos,llenos de espinas,con su aire puro a cuestas.Esos rostros de estambre negro,ojos anémicos,coágulos en el tiempo.¿Qué es ser indígena?He aquí mi lista:“Tener un idioma para los pájaros,para el aire que silba,un idioma para hablar con la tierrapara platicar la vida,para seducir en las fiestas de los pueblos,una lengua para reírse del forastero torpe,sombras silentes,hiedra en el cuello de la cobardía"¿Qué es ser indígena?Ser indígena es tener un universo,y no renunciar a él.

.Esta mensagem foi enviada por .Renata Machado I.Para visualizar o perfil de .Renata,clique em: http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=320826663495885209



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os perseguidores:

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IMPERDÍVE!!!!!!!
IMPERDÍVE!!!!!!!
IMPERDÍVE!!!!!!!
O MELHOR BAILE DA CIDADE

CASTELO DAS PEDRAS
CASTELO DAS PEDRAS
CASTELO DAS PEDRAS
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APRESENTA
SÁBADO
DIA 29 DE NOVEMBRO
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SHOW COM OS PERSEGUIODORES AO VIVO
SHOW COM OS PERSEGUIODORES AO VIVO
SHOW COM OS PERSEGUIODORES AO VIVO

NA NOITE DA LINGUA IGUAL MOTOR
E DJ BRAULIO TOCANDO TODOS OS SUCESSOS DO FUNK
DAMAS GRÁTIS ATÉ MEIA NOITE
TODOS OS CAMINHOS SÁBADOS TE LEVAM AO BAILE DA CIDADE CASTELO DAS PEDRAS
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EQUIPE CASTELO APOCALIPSE
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NÃO FIQUE FORA DESSA
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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

CONTATOS CMI

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BOLETIM DO CENTRO DE MÍDIA INDEPENDENTE - N23 2008 -------- http://www.midiaindependente.org/ --------
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1) RENASCE O MOVIMENTO DE MULHERES INDÍGENAS NA FLOR DA PALAVRA DE TEFÉ.
2) A NOSSA FOME NÃO PODE DAR LUCRO!
3) COMEÇA NA UNIVERSIDAD DE LA TIERRA O XI CONGRESSO INTERNACIONAL DE PSICOLOGIA SOCIAL DA LIBERTAÇÃO.
4) MANIFESTANTES IMPEDEM NOVAMENTE A ABERTURA DA FARSA VERDE.
5) VEM AÍ FLOR DA PALAVRA EM ASSENTAMENTO DO MST.
6) POLÍCIA E REITORIA FEREM AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA E CENSURAM GRUPO DE ESTUDOS NA INTERNET.
7) VIOLÊNCIA DA POLÍCIA FEDERAL CONTRA OS TUPINANBÁ*
8) AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROJETO AZEREDO.
9) CORTADORES/AS DE CANA EM GREVE NA USINA DECASA.
10) I ENCONTRO LIBERTÁRIO: ANARQUISMO E MOVIMENTOS SOCIAIS - FORTALEZA-CE.
11) "NÃO PAGAREMOS A CRISE DE VOCÊS!"
12) 4ª SEMANA DE LUTA PELO PASSE LIVRE.
13) 27 DE OUTUBRO - CONTRA AS PRISÕES ARBITRÁRIAS DO GOVERNO MEXICANO! 14) DESOCUPAÇÃO DE EXTREMA VIOLÊNCIA NA CIDADE "MODELO".
15) LEIA E DISTRIBUA O JORNAL PASSE Nº2, DO MOVIMENTO PASSE LIVRE DE SÃO PAULO.
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1) RENASCE O MOVIMENTO DE MULHERES INDÍGENAS NA FLOR DA PALAVRA DE TEFÉ.
Aconteceu de 13 a 15 de novembro, em Tefé, Amazonas, a Flor da Palavra + Assembléia da Associação Cultural dos Povos Indígenas do Médio Solimões e Afluentes (ACPIMSA - de 13 a 14) + Assembléia da Associação das Mulheres Indígenas do Médio Solimões e Afluentes (AMINSA - dia 15). Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/11/434003.shtml
.
2) A NOSSA FOME NÃO PODE DAR LUCRO!
Na manhã de 19 de novembro, às 9 horas, mais de 500 famílias do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e da APA (Associação Periferia Ativa) ocuparam simultaneamente os SUPERMERCADOS EXTRA e CARREFOUR. Ocuparam o supermercado Extra da Estrada do Campo Limpo, na divisa com Taboão da Serra e o Carrefour da Giovani Gronchi, ao lado do terminal João Dias. Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/11/433902.shtml
.
3) COMEÇA NA UNIVERSIDAD DE LA TIERRA O XI CONGRESSO INTERNACIONAL DE PSICOLOGIA SOCIAL DA LIBERTAÇÃO.
Desde as 8 da manhã tem chegaram na entrada da Universidad de la tierra-CIDECI companheiros e companheiras participantes do IX Congresso Internacional de Psicologia Social da Libertação, que se iniciou dia 11/11 a se prolongou até domingo, dia 16/11. Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/11/433601.shtml
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4) MANIFESTANTES IMPEDEM NOVAMENTE A ABERTURA DA FARSA VERDE.
Na terça-feira,12/11 em Vitória - ES, um grupo de aproximadamente 50 manifestantes, vestidos à caráter, provocou o cancelamento da abertura da maior mentira ambiental do estado, a Feira do Verde, também conhecida por Farsa do Verde. Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/11/433412.shtml
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5) VEM AÍ FLOR DA PALAVRA EM ASSENTAMENTO DO MST.
Na segunda-feira, 17/11, teve vez uma Flor da Palavra na Cooperativa de Produção Agropecuária Vitória do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (Copavi-MST)em Paranacity, região de Maringá-PR. Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/11/433400.shtml
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6) POLÍCIA E REITORIA FEREM AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA E CENSURAM GRUPO DE ESTUDOS NA INTERNET.
No dia 06/08/08, a Policia Civil do 7º DP de Barão Geraldo (Campinas) apreendeu o servidor de internet do Grupo de Estudos Saravá que estava hospedado no IFCH - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, devido a uma denúncia feita pela reitoria da mesma universidade. Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/11/433184.shtml
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7) VIOLÊNCIA DA POLÍCIA FEDERAL CONTRA OS TUPINANBÁ*
* Pronunciamento da Comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/11/432966.shtml
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8) AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROJETO AZEREDO.
O substitutivo proposto pelo deputado Eduardo Azeredo como lei dos cibercrimes no Brasil foi debatido em audiência pública no dia 13 de novembro às 9:30 na Câmara dos Deputados, Brasília. Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/11/432965.shtml
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9) CORTADORES/AS DE CANA EM GREVE NA USINA DECASA.
Na manhã do dia, 04 de novembro, cerca de 10 turmas de cortadores de cana cruzaram os braços nas Usinas de Açúcar e Álcool e Biodiesel Decasa, localizada no município de Caiuá interior de São Paulo. Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/11/432945.shtml
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10) I ENCONTRO LIBERTÁRIO: ANARQUISMO E MOVIMENTOS SOCIAIS - FORTALEZA-CE.
De 08 a 11 de dezembro, a Organização Resistência Libertária (ORL) estará realizando em Fortaleza o I Encontro Libertário: Anarquismo e Movimentos Sociais. Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/11/432689.shtml
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11) "NÃO PAGAREMOS A CRISE DE VOCÊS!"
A Itália está vivendo um período agitado de revolta contra a chamada reforma Gelmini, que reúne um amplo movimento de estudantes universitários e de escola primária, mas também de professores, pais, empregados da universidade e sindicatos. Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/11/432599.shtml
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12) 4ª SEMANA DE LUTA PELO PASSE LIVRE.
Pelo quarto ano seguido o Movimento Passe Livre organizou manifestações na semana do 26 de outubro, data escolhida para simbolizar o dia de luta nacional pela gratuidade no transporte coletivo. Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/10/432088.shtml
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13) 27 DE OUTUBRO - CONTRA AS PRISÕES ARBITRÁRIAS DO GOVERNO MEXICANO!
Há dois anos, durante o levante popular de Oaxaca, México, tombou Brad Will, voluntário da Rede Indymedia. Brad filmou a própria morte e os agentes do governo que atiraram contra a barricada, atingindo-o no peito. Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/10/432084.shtml
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14) DESOCUPAÇÃO DE EXTREMA VIOLÊNCIA NA CIDADE "MODELO"
Na manhã do dia 23 de Outubro, às 7:30 da manhã cerca de 1500 policiais da Polícia Militar deram início a desocupação da área vila Alta Floresta em Curitiba-PR. Moradores fizeram uma barreira simbólica representando a resistência e luta pela moradia. Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/10/431878.shtml
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15) LEIA E DISTRIBUA O JORNAL PASSE Nº2, DO MOVIMENTO PASSE LIVRE DE SÃO PAULO.
Já está disponível o segundo número do jornal PASSE, do Movimento Passe Livre de São Paulo. Para ler e passar adiante. Matéria completa: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/10/431715.shtml__
.
É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.

domingo, 23 de novembro de 2008

O SOM DAS COMUNIDADES



add aí comunidade

Filhos da Nação

vídeos abaixo

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=47395156

<<<>>> http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/bandafilhosdanacao

<<<>>>
http://www.youtube.com/watch?v=vDB4yVDN5zk
http://www.youtube.com/watch?v=Sll30ON9ug0

F.D.N. R.
PAZ!!!



Para acessar a página da comunidade "FILHOS DA NAÇÃO F.D.N.", visite:
http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=47395156

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

EXPERIÊNCIA EM COMUNIDADE INDÍGENA VIRA LIVRO

O aprendizado de um aspirante a ciência com os povos indigenas;A necessidade de compartilhar o que vivenciei, obrigou-me a transcrever algumas importantes passagens de meu diário de campo, na forma de um livro. Tudo isto se deu após compartilhar por meio de palestras, congressos e exposições fotográficas minhas vivências com as Nações Indígenas Xavante e Kurã Bakairí do Alto Xingu no Estado do Mato Grosso. As inúmeras riquezas de nosso solo, dentre elas a “farmácia do mato” obtida ao longo dos milênios de experimentação pelo índio, o primeiro cientista do paleolítico, continuam a nos propiciar surpreendentes saberes na busca de novos medicamentos.
Contato :

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

VILA IPIRANGA - parte final


Projetos Sociais

TEXTOS E FOTOS... POR... ADIVINHEM QUEM

FSB&LHPC


Além do Médico de Família, outros projetos estão indo de vento em polpa na Vila Ipiranga. Uma dessas iniciativas, que merece destaque é a Biblioteca Agnaldo Pereira de Anchieta. O bibliotecário Alencar Pereira nos contou que esse é um projeto da Prefeitura de Niterói e que já conta com cinco bibliotecas espalhadas pela cidade. Qualquer morador pode se cadastrar gratuitamente nessa biblioteca. Basta trazer um comprovante de residência, uma foto e identidade. Pode ser emprestado até três livros por vez e ficar com eles até uma semana. A biblioteca conta com o acervo, inteiramente recebido por doação, de vinte mil livros. Diariamente são recebidos jornais que eles disponibilizam por leitura. Eventos com contadoras de estória e
apresentação de dança acontecem em parceria com o Centro de Referencia de Assistencia Social (CRAS) entre outras instituições. Atualmente a biblioteca da Vila Ipiranga tem mil usuários cadastrados, sem contar os estudantes que vem para pesquisa e os leitores diários de jornal..


Evanilde, moradora a 30 anos da Vila Ipiranga nos contou que o CRAS começou em 2006 e atua com o bolsa família, zooóse, documentação entre outros caminhos. Ela trabalha no projeto e disse que atuam diretamente com a secretaria de Assistência Social. Muitas oficinas acontecem dentro do espaço. As oficinas direcionadas a juventude e aos idosos foram muito comentadas por Evanilde, que deu ênfase a oficina de Grafite, que veio dar uma cara diferente as crianças, que conheciam a atividade de pintar muro apenas como pichação. Ela explicou que o grafite deu outra perspectiva a esses jovens, mostrando algo mais artístico que simplesmente sujar as paredes. As aulas de Judo e de dança de rua também estão sendo muito procuradas.

Daniele é a responsável pelas oficinas para os jovens. "Trabalho com isso porque me faz bem. Realmente gosto dessas atividades. Me rejuvenece, mesmo não tendo muita idade. Pretendo me formar em Assistente Social."

Daniele mostra um de seus grafites favoritos. A comunidade aderiu bem a essa cultura e pode se oservar muros coloridos pelos grafites enfeitando todo o local.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Vila Ipiranga - Parte II

Por: Fabio da Silva Barbosa e Luiz Henrique Peixoto Caldas

Entrevista com o Presidente da Sabiá.
A escola de samba da Vila Ipiranga

COMUNIDADE: A quanto tempo existe a Sabiá?

Jhonatan: A Sabiá é a escola de samba mais antiga de Niterói em atividade. Ela tem 70 anos de existência e ficou parada a 15 anos.

COMUNIDADE: E como está sendo esse recomeço?

Jhonatan: Estamos praticamente montando uma escola nova. Procurando novos integrantes para a bateria, montando outros seguimentos... Estamos começando tudo de novo. O que tem ajudado muito é a participação da comunidade.

COMUNIDADE: Como foi a história da escola?

Jhonatan: É uma história muito longa, devido a sua idade. Ela ganhou o primeiro campeonato de escolas de Niterói. Ganhou o de 46, 47, 48 e 92. Em 94 a escola parou junto com o carnaval de Niterói.

COMUNIDADE: Tem evento marcado?


Jhonatam: Além do Sambão do Sabiá aos domingos estamos sim com outras programações. Dia 9 de novembro a partir de 12:00 H tem uma dobradinha e as 20:00 a final do samba enredo. No dia 5 de dezembro faremos uma apresentação no Teatro Popular, onde apresentaremos o enredo da escola, que irá falar sobre os pontos turísticos da cidade.


Severo Carvalho,
o carnavalesco

COMUNIDADE: A quanto tempo você trabalha como carnavalesco?

Severo: Aqui é meu primeiro ano, mas já trabalho nisso há 42 anos. Tenho 68

COMUNIDADE:Como você decidiu fazer esse trabalho com a Sabiá?

Severo: Conheci meu amigo Jhonatan que é uma pessoa excelente e vi a luta deles. Onde a gente vê trabalho chega mais trabalho. Aqui tem união e observo algo muito importante nisso que estamos desenvolvendo. Eu estava trabalhando no Espírito Santo e em Brasília. Tenho contrato com algumas escolas até2010, mas fui muito bem recebido pela comunidade aqui e pretendo dar uma grande força a eles. Espero corresponder a confiança que eles depositaram em mim.

COMUNIDADE: O que mudou no carnaval de quando você começou até hoje?

Severo: Mudou para pior. Antigamente o carnaval era na rua, agora está restrito ao turista. E o pior é que acho que atualmente não tem como voltar. Era outra época. Hoje em dia é um sacrifício para arrumar patrocínio. Tem certas coisas que não aconteceriam da mesma forma. Aconselho que o pessoal que está começando agora tenha garra. Acredite no ideal. Acredite que vai conseguir.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

vILA iPIRANGA

(PARTE I)

TEXTO E FOTOS POR:
FABIO DA SILVA BARBOSA
E LUIZ HENRIQUE PEIXOTO CALDAS

A Vila Ipiranga, no Fonseca, possui quatro mil famílias, o que resultaria em uma média de doze mil pessoas. Ela foi agraciada no decorrer do tempo por alguns projetos sociais, mas o Presidente da Associação de Moradores Celso Paulo Pereira dos Santos, conhecido como Pastor Celso, 52, diz que a Vila é uma comunidade muito complexa e que existe um afastamento entre o Governo Municipal e Estadual e às comunidades carentes.
Um exemplo disso são pelo menos 12 pedidos relacionados a solicitação de Guardas Municipais no entorno do lugar para garantir a segurança no trânsito. Na Rua Tenente Ozório, onde se localizam escolas, médicos e vários projetos, que levam centenas de mães e crianças a circular pela localidade, já ocorreram vários atropelamentos. O trânsito caótico da Alameda São Boa Ventura está sendo desviado por causa das obras para as ruas em volta. “ Nós temos um sinal, mas muitos carros e até ônibus não respeitam. Já peguei ofício com todas as instituições que estão em volta e não resolvemos porque falta vontade política.” Lakmenta-se o Presidente.
Celso ainda diz que: “Todas as comunidades de Niterói estão passando por um problema muito sério. As necessidades são muitas por causa do abandono da prefeitura. A começar pelo saneamento básico. Água, esgoto, Luz, pavimentação, encostas... A realidade de hoje é que as coisas simplesmente não acontecem. As águas fluviais não tem um bom escoamento. Muitas casas foram feitas em cima de rios e muitos estão assoreados.”
Mas a grande pirioridade, segundo o presidente, é reaproximar a própria comunidde de sua associação. “Toda diretoria dessa Associação é atuante. Concorri pela primeira vez e venci. O problema é que se torna impossível atingir uma totalidade de pessoas satisfeitas com o trabalho da Associação. Nenhuma associação pode conseguir isso. São muitas pessoas com opiniões e necessidades diferentes. Por vezes o afastamento se dá devido a diretorias passadas, que ficam muito abaixo das expectativas. Se a gente vai a um lugar onde não é bem recebido ou que a coisa não funciona, a gente não volta. Outra questão, é que na vila Tem várias pessoas que se dizem líderes, mas são líderes partidários. Cada um puxa a brasa para sua sardinha, não permitindo que aconteça o que deveria acontecer que é a união da comunidade.”
As obras do Programa de Aceleração do crescimento (PAC) gerou uma expectativa para toda comunidade. Em qualquer parte que fossemos ouvíamos pessoas cobrando as tão prometidas melhorias e aguardando pelas vagas que serão preenchidas com a mão de obra dos moradores da própria comunidade para a execução das mesmas. Uma obra inaugural foi realizada no dia 14 de Dezembro. Mas de acordo com os moradores e a diretoria da Associação a companhia “Águas de Niterói” furou menos de 100 metros de chão e parou a obra. Mês que vem fará um ano que as obras estão paradas. O Presidente explicou que a planta utilizada pelo projeto está incompatível com o lugar. Faltam ruas e travessas no documento. Ele ainda alega que: “As casas cresceram, as famílias aumentaram e eles continuam com projeto para duas ou três pessoas. A situação tem
de ser muito bem pensada. A luz, por exemplo, tem de ser vista sabendo que estão entregando esse recurso a uma comunidade carente. O chip da Ampla apresenta problema de aumento nas contas de todo lugar que chega. Aí o cara não tem dinheiro... A Ampla vem e corta a luz porque ele não tem como pagar. Ele não vai poder ficar sem luz. Faz o gato. Aí ao invés de solucionar o problema gera vício."
Pastor Celso tem esperança de que com o fim desse ano de transição política as coisas comecem a funcionar e se recupere o tempo perdido. "A administração estadual e municipal está muito afastada da nossa realidade e abaixo de nossa expectativa. Passamos por um ano de transição política onde nada funcionou. Espero que a partir de janeiro, com a mudança de gestão, as coisas funcionem. Que as secretarias funcionem, e a gente tenha acesso e os pedidos sejam atendidos."
A parte de cultura fica cargo de Jailson Gomes dos Anjos, 41, nascido e criado na Vila Ipiranga. Ele é um colaborador direto da Associação e participa de todo movimento cultural e social da comunidade. Seu grande orgulho é ver o retorno da Escola de Samba Sabiá. Jhonatan da Costa dos Anjos, 21, filho de Jailson e neto do último presidente da escola, é o responsável por essa empreitada. A quadra da escola de samba abre seus portões aos domingos a partir das 19:00 h e a entrada é gratuita. A quadra fica na Rua Tenete Ozório n° 12.


Diretoria da Associação: Presidente - Celso Paulo Pereira dos Santos; Vice-presidente - Iara Santos; Diretor de Patrimonônio - Daniel; Diretor Financeiro - Wilton Neri; Diretor de departamento - Geraldo; Secretário - Wendel; Colaboradores Diretos: Jailson, Rogerinho, Zezinho e Marquinhos.
Endereço da Associação de Moradores: Centro Pró Melhoramento da Vila Ipiranga.
Travessa Santa Rita n° 3B

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

SPACE

VISITE A PÁGINA DE EVENTOS DO SPACE COMUNIDADE EDITORIA
http://lancamentodolivro.events.live.com/
LEITURA
COMUNIDADE EDITORIA APÓIA ESSA INICIATIVA

terça-feira, 11 de novembro de 2008

@LPISTE DJ FUNK DIVULGA




COMENTÁRIOS QUE CHEGAM

"SALVE WINTER"
1 comentário -
Mostrar postagem original

Guilhermé disse...
Responsa o livro. Vou tentar aparecer por lá.Abraço.
10 de Novembro de 2008 05:53

Resposta:

Pinta lá
Será um prazer
Com certeza e equipe Comunidade estará presente em peso
FSBLHPC

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Esse saiu ontem no Blog da Ana Ju, ELE NÃO QUIS POSTAR. Vale a pena acompanhar.


(Domingo, 9 de Novembro de 2008)

uma lembrança; (o dia que o COLETIVO invadiu a Vila Maria)

tava guardado, resolvi postar. pra poder me fortalecer e querer mais. (e incrível como este som do Kamau descreve este domingo).
muitoaxépraquemlutaenãodesiste.
-
Samba sem pandeiro

A descarecterização de um movimento (este texto é um e-mail de agradecimento enviado ao pessoal que esteve com nós neste 29.3 quando atravessamos as portas e grades amarelas e passamos o dia do lado de lá.)

Onze da manhã. Horário marcado há uma semana, uma tensão na mochila, mas muita vontade de que tudo desse certo. Solzão estralava do lado de fora, era dia de visita e por isso mesmo rolava já um certo desconforto por parte daqueles que coordenam o rebanho – assim como gado. Uma hora e meia de espera, do lado fora quem quer entrar e de lá dentro centenas esperam meses e anos para sair. Paradoxos de uma terra sem dono, de comunicação difícil, de olhares de reprovação.
Passamos pelo portão. Sem bom dia de quem se acostumou a tratar o próximo com tapa na cara. E aí começaram a nos despir. Bonés, pulseiras, relógios, colares...Quem quisesse ficar de boné, teria de vestir uma calça de moletom que eles tinham guardadas para casos assim. Grande avanço: “foram todos de bermuda”, eles disseram. Naquele sábado de sol, o Hip Hop foi sem boné. Sem retórica, até porque ali quem fala por último dá ordem, e ordens, em terra de gado marcado, são obedecidas.
O programado não pode ser cumprido. Lanche não entra, material para o estêncil também não. O break, também não. ‘Menor de idade só aqueles que a gente sabe tomar conta’ – e ainda dizem com sorriso sarcástico. “Mas não tinham te avisado?’, “Não, não mesmo’.
A disponibilidade do diretor era de cinco minutos. “Infelizmente não vou poder acompanhar as atividades porque eu tenho uma reunião fora daqui”, “Ok”, sem mais palavras porque até então a censura descia guela abaixo. Entrega um cartão com a foto do modelo da Fundação – aquele amarelinho com azul. Alienante, quando se para pára pensar na conotação da cor amarela....”Não liberei a TV Cultura para entrar neste sábado, mas quando vocês voltarem, eu vou pedir para que eles venham”, “Ok” - mais uma vez antes que eu te mande pra puta que o pariu”.
“Então, os grupos tocam ali, e os meninos acompanham os shows sentados”, “Sentados??? Impossível”. “Mas então se eles ficarem em pé não vão poder passar da metade da quadra”, “Ok” – mais uma vez por não querer arrastar a discussão.
E entre censura, poda, restrição e reprovação e oks, o dia passou sem relógios.
“Pede pra eles não dizerem muitas gírias nas músicas”, “Nossa, você ouviu o que ele disse?”, “Ah não, deste jeito não pode”, “Quem ele tá chamando de vagabundo na música?”, “Olha o céu, vai chover, precisamos terminar isso logo”, “Vamos lá pra dentro comigo”... e até que a história do tapa na cara veio a tona e as justificativas tiveram de vir do outro lado... milhares, infundadas. “Mas o funcionário foi afastado”, “Mas isso é o mínimo que se pode fazer”. “Mas quando eles têm atividades fora da Fundação, eles vão com escolta, mas não para repreender, eles até almoçam juntos com a polícia” .... “Nooossa, que legal. Vamos voltar porque já são cinco e dez” – lá dentro tinha um relógio pra situar o tempo naquela tarde ardida.
O tapa na cara, vindo de um funcionário em um dos adolescentes que estavam ali naquela tarde quente, pode ser que doa menos do que o descaso, os olhares de reprovação a cada gesto que era feito, a censura que tentaram nas nossas palavras, a descaracterização do nosso estilo. A violência muda machuca mais ou tão mais que agressão física. Ela é sutil e disfarçada de regra, nos impossibilita de argumentar, mesmo que os argumentos sobrem e venham de todos os lados. Em 50 ali, nós ainda éramos nada, e aliados aos adolescentes, nos tornamos ameaça.
Com todos os obstáculos e forças nos puxando ao contrário, a nossa agressão a eles veio em palavras, não há como ficar quieto frente a tanta repressão, desencontro e falta de crédito que deram ao trabalho que todos ali estavam dispostos a fazer. A gratidão dos adolescentes por nós foi o combustível para seguir até que o som fosse cortado. A festa termina sob a declamação “Todos pra sala de recreação, e ai a-ca-bou”, soletrado, pausadamente pra mostrar definitivamente quem era que mandava ali. Nos formulários preenchidos por eles, ficou claro o medo desta violência muda, que certamente eles sofrem todos os dias, do acordar ao dormir. È como se ali, eles estivessem sendo ordenados a não pensarem, a não questionarem, para assim manterem o eterno ciclo, da liberdade à prisão. Mantendo a máquina abastecida de violência, descaso, repressão e desigualdade. Sem estímulo para pensar, eles não têm vias para expressar o que sentem e já que é assim, eles continuam a sair e voltar lá pra dentro.
Não houve tempo para que cada um de vocês fossem agradecidos por terem participado, porque haviam algumas situações a serem amenizadas e debatidas com os coordenadores. Não há como calar quando se vê e se sente a injustiça vinda de quem se disse a favor da diversidade e da educação contra a violência.
Talvez agora eles estejam pensando que não voltaremos mais, que já desistimos, que assim como eles fazem com aqueles adolescentes, conseguiram fazer com nós. Mas mesmo que a nossa volta não seja resolvida através das ‘amenidades’ necessárias para não gerar conflito, temos força através do próprio estatuto da Fundação - que na palavra impressa lá no papel, diz que há o direito dos adolescentes terem espaço adequado e atividades culturais para que possam se ressocializar de maneira digna. Além disso, a liberdade de expressão também é assegurada por lei. E já que ela funciona tão bem para que muitos fiquem presos, desta vez ela também irá valer para que fiquem livres – mesmo que este livre esteja restrito a quatro muros de concreto.
rabiscado por anaju às 14:29

domingo, 9 de novembro de 2008

CONTATOS MANIFESTO POPULAR


Manifesto:


opa dakele jeitu irmao..pasa um pano ae nu rpograma q gravamu..paz...


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Programa Rezina...Artistas de Londrina...Miguelito (malabares) e Manifesto Popular ( banda) ...
http://www.youtube.com/watch?v=V-t-l9tlOj4


sábado, 8 de novembro de 2008

EM TODA PARTE A COMUNIDADE SE ORGANIZA E PROMOVE EVENTOS DIFUNDINDO SUA CULTURA



EVENTOS EM COMUNIDADE
VALE A PENA PARTICIPAR

SALVE WINTER

Na segunda-feira 08 de dezembro às 17h na Livraria Berinjela
(Av. Rio Branco, 185, loja 10, Centro, Rio de Janeiro, RJ)
vou lançar meu livro
"MALANDRAGEM, REVOLTA E ANARQUIA: João Antônio, Antônio Fraga e Lima Barreto",
que saiu pela Editora Achiamé.
Divulgue e apareça!!!
Valeu!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

URCASÔNICA MOSTRA QUE NOVEMBRO É MÊS DE HIP HOP

Sessão Rio Hip-Hop
O grande encontro carioca de DJ's e MC's!!
A festa conta com a participação de ninguém menos que
o renomado DJ KL Jay - Dj do grupo Racionais Mc's,
que é o padrinho do projeto e toca ao lado do
Mc El Tosh.
Um time de djs de peso formado por Pachu e Urcasônica Soun d System
garantem muita música boa na pista.
Para cada edição, acontece também um super show.
Clandestino Bar
Rua Barata Ribeiro, nº 111 - Copa
- RJR$ 15,00 s/ flyerR$ 12, 00 c/ flyerR$ 10,00 c/ nome na lista (((reply por e-mail)))
Programação de Nov.

05/11
KL Jay (Racionais Mc's)
EltoshPachuUrcasônica Sound System
Show: Cachaça Crew

12/11
Lulinha
Pachu
Eltosh
Urcasônica Sound System
Show: Fluxo

19/11
Dj Tony (Mv Bill)
Pachu
Eltosh
Urcasônica Sound System
Show: MC Funkero

26/11
Dj Kl Jay (Racionais Mc's)
Eltosh
Pachu
Urcasônica Sound System
Show: Esquadrão Zona Norte

Realização:
4P / Eltosh
2249-0811 :: 7847-4197
URCASÔNICA.NET
>>> Seja bem vindo, fique à vontade e volte sempre

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

MAIS UMA COMUNIDADE INDÍGENA ENTRA EM CONTATO, E COMO DE COSTUME, AS NOTÍCIAS NÃO SÃO ANIMADORAS.



CONFORME RECEBEMOS DO CIMI SUL DO RGS, DE IRMÃ RABECA, REPASSAMOS NESTA LISTA.
NÃO CONSIGO ENTENDER, INADMISSÍVEL O QUE SEGUE NO BRASIL, O QUE SE SEGUE FAZENDO CONTRA OS POVOS INDÍGENAS!
ESTAMOS ATENTOS E PROCLAMAMOS AQUI PARA QUE TODOS POSSAMOS DE FATO UNIR MUITAS FORÇAS! UMA DAS QUESTÕES QUE BUSCO SEMPRE ABORDAR É QUE NÃO FIQUEMOS COM UMA VISÃO APENAS DE UMA FACE DA MOEDA. POIS QUANDO LEMOS, OU VEMOS NA TV, NÃO ESTAMOS ESCUTANDO O LADO DOS POVOS, E OS ÓRGÃOS QUE DEVERIAM ACOLHER AOS POVOS INDÍGENAS, INFELIZMENTE NÃO O FAZEM!!
UTINGUASSÚ LIANA
Servidora/Presidente OSCIP Yvy Kuraxo
PORTO ALEGRE/RGS

Polícia federal reprime povos indígenas tupinambá

Assunto: E não foi a polícia da Ieda, foi a do Lula!
Violência da polícia contra os Tupinambá*

* Pronunciamento da Comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro, enviado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e Nota da Associação Brasileira de Antropologia (ABA)

1) pronunciamento da Comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro


Para: Autoridades, imprensa, parceiros, aliados, amigos...



A comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro, no município de Buerarema (sul da Bahia), é uma das maiores produtoras de farinha na região. Aqui vivem 170 famílias que trabalham dignamente. Temos uma organização bastante forte e somos conhecidos pela nossa hospitalidade, pelo nosso trabalho e pela maneira que tratamos e respeitamos a nossa terra sagrada e dela tiramos o sustento para cerca de 600 pessoas que aqui vivem. Produzimos, além da melhor farinha do Brasil, muitos dos seus derivados (beiju, goma, puba, bolos, pão, etc) e cultivamos banana, abacaxi, feijão, milho, inhame, abóbora, frutas diversas, girassol e muitos outros produtos para nosso consumo e para abastecermos toda a região.
Hoje a nossa comunidade está bastante indignada e revoltada com a ação da Policia Federal e mais ainda com a negligência da Fundação Nacional do Índio (Funai). A Funai até agora não resolveu o problema de nossas terras, mesmo tendo um prazo para encaminhar esta solução. Ela não cumpriu a sua obrigação e causou todo este problema com as nossas comunidades. Entendemos que a grande culpada por tudo é a Funai. Exigimos do Governo Federal que tome uma solução urgente para evitar que uma situação como esta volte a ocorrer com o nosso povo.
Quanto à ação da Policia Federal em nossa área, mesmo cumprindo ordens, foi vergonhosa, violenta e covarde. A começar pela ação do dia 20 de outubro quando entraram em nossa área escondidos sem comunicar nada a Funai e nem a nossa comunidade. Quando nós os questionamos e os convidamos para ir para sede conversar com representantes da Funai que ali se encontravam, eles aceitaram. Depois, no meio do caminho eles nos atacaram covardemente e tiveram a coragem de dizer que fomos nós que os atacamos. Uma pura mentira.
E o que podemos dizer da ação do dia 23, quando uma verdadeira operação de guerra foi montada para prender o nosso cacique? Agrediram nossas crianças, atiraram bombas, quebraram nossas casas, tomaram nosso instrumentos de trabalho, roubaram nossa comida e agrediram os nossos velhos. E ainda mentiram para a sociedade dizendo que nós tínhamos armas, se nós tivéssemos com armas de fogo, como eles dizem, a gente ir se defender com pedras, bordunas e lanças? Eles nos acusam e querem prender nosso cacique por dano ao patrimônio público, mas quem foi mesmo que destruiu o patrimônio público? Fomos nós que nos defendendo da agressão covarde dos agentes da PF, reagimos e destruímos seu carro? Ou foram eles que destruíram toda nossa aldeia, destruíram os carros que prestavam serviços a nossa comunidade - como o transporte escolar -, invadiram nossas casas quebrando as portas, janelas, telhados, camas, nossos móveis, comendo nossas comidas, destruíram nossos arquivos escolares, documentos dos alunos, a nossa merenda escolar, tomaram o nosso leite do fome zero - que é destinado às nossas crianças - e queimaram nossa roça de cacau? Quem realmente destruiu o patrimônio público?

Pedimos a sociedade regional, aos nossos parceiros, a entidades de defesa dos Direitos Humanos, a todos aqueles que podem nos ajudar, que divulguem a verdade, repassem e cobrem providências. Que as providências sejam tomadas para que os culpados por esta situação sejam punidos. Que a Policia Federal seja responsabilizada pela ação covarde que realizou junto a nossa comunidade e quem os autorizou a realizar tal operação. Que a Funai o mais urgente possível providencie a publicação do relatório de identificação do nosso território e demarque a nossa terra.

Comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro
Serra do Padeiro, 24 de outubro de 2008.
[Enviado pelo Cimi]



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NOTA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA (ABA)


Causa perplexidade e profunda indignação a forma como foram conduzidas as operações que, desde o dia 20/10, a Polícia Federal vêm realizando em áreas habitadas pelos indígenas Tupinambás nos municípios de Ilhéus, Una e Buerarema, no sul da Bahia. O cumprimento de mandatos de reintegração de posse serviu de pretexto para uma ostensiva exibição e um uso indiscriminado de verdadeira parafernália de guerra, envolvendo um helicóptero, o lançamento de bombas de efeito moral e a intervenção de um contingente de mais de uma centena de homens fortemente armados. Dessa ação resultaram 23 pessoas feridas, além de atos inteiramente absurdos e inexplicáveis - como a detenção de um ônibus escolar repleto de crianças indígenas; a prisão de menores; a destruição de casas, veículos e galpões; o confisco de facas de cozinha, canivetes e até de instrumentos agrícolas. Inúteis enquanto instrumento de instauração da ordem, tais iniciativas só contribuíram para instilar o pânico, a insegurança e a revolta entre as famílias indígenas, favorecendo tão somente o aumento do preconceito e estigmatização de que os indígenas são vítimas há décadas no contexto regional.

Se a intenção do Ministério da Justiça ao mobilizar a Polícia Federal foi de antecipar-se a uma possível ação arbitrária e violenta da Policia Militar, pretendendo assim evitar a repetição de cenas lamentáveis de intolerância étnica e cultural, tal como ocorrido em abril de 2000 em Porto Seguro, nas comemorações dos 500 Anos (cujos registros fotográficos consternaram o Brasil e o mundo), não foi assim infelizmente que as coisas sucederam. Viu-se, ao contrário, em um contexto político federal e estadual completamente distinto, a re-edição daquele triste episódio, contribuindo apenas para sinalizar aos regionais o desrespeito com que são tratadas as famílias indígenas e o completo desapreço por seus direitos, seus bens e sua segurança e bem estar. Pior, através da feroz perseguição ao cacique Rosivaldo Ferreira (Babau), exibiu-se explicitamente o ódio de que são vítimas os legítimos representantes e porta-vozes do segmento indígena da sociedade brasileira.

Fica claro o total desconhecimento pela força-tarefa da PF tanto das peculiaridades do caso quanto da inexistência de uma indispensável sintonia com as ações desenvolvidas pela FUNAI e por outros órgãos governamentais. Enquanto a PF se enredava em uma escala repressiva e passional, a FUNAI e a Procuradoria Geral da República haviam conseguido suspender na justiça as liminares de re-integração de posse, obtendo um novo prazo para a conclusão dos estudos técnicos ora em realização na região. Uma conceituada antropóloga, indicada como perita pela ABA, encontra-se atualmente em campo, integrando uma equipe técnica da FUNAI para conclusão dos estudos de identificação. Dentro desta área, conflagrada pela desastrada intervenção da PF, existem casas, lavouras, escolas, posto de saúde, galpões e construções destinadas ao beneficiamento da produção agrícola e programas de preservação ambiental, inclusive com investimentos do MEC, FUNASA, MDA e MMA. O cacique Babau, que está sendo perseguido como um perigoso facínora, constitui uma das mais expressivas lideranças do movimento indígena brasileiro, uma personalidade bastante conhecida dos antropólogos pela lucidez e coerência com que argumenta e defende a valorização do patrimônio das culturas indígenas.

É fundamental reverter os efeitos lesivos das ações praticadas pela PF, apurando responsabilidades, garantindo a segurança dos líderes indígenas, de pesquisadores, indigenistas e funcionários que atuam na assistência a essas coletividades, implementando com a maior brevidade todas as iniciativas necessárias ao reconhecimento dos direitos indígenas.