sábado, 24 de maio de 2008

A REVOLUÇÃO EXÓTICA

Por:Alexandre Mendes

É fato corriqueiro o tratamento menosprezante das bases do poder em relação ao povo.Isto se deve aos antigos regimes,implantados com o objetivo de controlar as massas,a fim de estabilizar sua hegemonia no poder.
Observemos que desde o início do século XX em diante,surgiram movimentos que procuravam a desestabiliza ção ou queda das lideranças,originados dentre a classe média e oligarquias esquecidas. O povo,durante todo esse tempo,foi utilizado como massa de manobra.Uma declaração do tenente Juarez Távora,um dos cabeças do movimento tenentista e do golpe de 30,expõe bem essa idéia em relação às propostas de Prestes (condição proposta por ele para sua participação no golpe que seria:a proclamação da revolução agrária a ser realizada e definida pelas massas). Pedia o confisco e a divisão das terras dos latifundiários para entregá-las gratuitamente aos camponeses,além do confisco e nacionalização de todas as empresas estrangeiras no Brasil, anulação da nossa dívida externa e a instalação de um governo dirigido por conselhos proletários com participação de soldados e marinheiros.
Na declaração, Juarez Távora discorda do manifesto "revolucionário" de Luis Carlos Prestes, afirmando não crer na exequibilidade de uma revolução através da massa inerme do proletária do, isto é, ele não acreditava que o povo pudesse articular um governo sem o uso de armas, usando a inteligência. Além disso, Juarez Távora, pede na declaração a continuidade e apoio "nos mesmos meios em que o golpe de 30 havia sido alicerçado até então". Távora também enfatizava que não cria na possibilidade de sucesso no golpe,adotando o "EXOTISMO" dos conselhos de operários.
Pense e reflita: Porquê essa idéia do povo ainda parece ser atual? O povo não deveria ser levado em consideração durante as decisões políticas?
créditos:"O último tenente"
J.A.Gueiros
Record,1996

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SUGESTÃO PARA LEITURA:
- Democracia,Violência e Injustiça
O Não-Estado de Direito na América Latina Juan E.mendés/Guillermo O'Donell/Paulo sérgio Pinheiro
editora Paz e Terra,2000
Análise do perfil institucional das democracias latino-americanas,refletindo as cartas de direitos,presentes nas Constituições e a realização efetiva desses direitos.
Uma definição para o Não-Estado de Direito das classes desfavorecidas,no qual os autores procuram demonstrar a disparidade entre a abertura e fortalecimento dos direitos políticos,e a frágil e imcompleta extensão de direitos civis às massas.

FRASE: "Não corram tanto!Vão pensar que estamos fugindo!"
-Atribuída a D.Maria I, a Louca,
quando a família real portuguesa se retirava de Lisboa para o Brasil,
em 1807.

ALEXANDRE MENDES