sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Próximo nº do jornal UNITERÓI

No próximo número do jornal Uniterói a página da comunidade vai estar mostrando o Morro da Penha, e o ótimo trabalho realizado pela AMOPE, representada por Danielly Oliveira e Adriano Bóinha.
Vocês estão de parabéns!!!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

MALANDRAGEM, REVOLTA E ANARQUIA

Para adquirir MALANDRAGEM, REVOLTA E ANARQUIA contactar:
Robson Achiamé, editor
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CEP20062-970
Rio de Janeiro - RJ
Telefax: (0xx21) 2544-5552
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domingo, 24 de fevereiro de 2008

WINTER BASTOS

Esta semana dedicaremos nossa página a esse incansável colaborador que sempre nos presenteia com matérias de alta relevância. Winter além de grande
estudioso da língua Portuguesa é autor do livro "Malandragem, Revolta e Anarquia". Essa obra une três dos maiores escritores da literatura brasileira: João Antonio, Antonio Fraga e Lima Barreto. Nos próximos dias postaremos uma série de materiais enviados por esse grande amigo e incentivador do nosso trabalho.
























sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

COMUNIDADE SÍTIO DA ALDEIA 2° PARTE


Pá – Pum com o Presidente
POR: Fabio da Silva Barbosa &
Luiz Henrique Peixoto Caldas


Presidente Eduardo Moreira de Souza


Transporte escolar:
A escola é tão longe e não existe transporte para as crianças que vão andando sozinhos todos os dias quilômetros e quilômetros até a rede de ensino mais próxima. È fundamental o apoio dos pais para o comprometimento e a boa educação dos filhos.
A Prefeitura não podia disponibilizar uma condução escolar?

Correios:
As cartas dos moradores daqui ficam nos Correios de São Francisco, mais ou menos 2,5 km. Nem o correio você tem direito! Todas as cartas da comunidade possuem o mesmo endereço ( Estrada Nossa Senhora de Lourdes, 303 ), aí lá a gente apresenta a identidade, apesar de ser sem necessidade, porque os funcionários já nos conhecem. Solicitamos aos correios que fosse colocada uma caixa de correspondência aqui em cima, mas não tivemos retorno.

A comunidade é limpa e organizada, mas a falta de saneamento atrapalha

Lixo X Conscientização Ambiental:
Antes o pessoal jogava o lixo na rua. Agora com um trabalho sério de conscientização ambiental que venho fazendo ao longo desses 5 anos, você se depara com isso: As ruas limpas, trazendo maior qualidade de vida. Não temos coleta de lixo, nem caçambas. Carregamos nosso lixo nas mãos até a sede da Guarda Municipal Florestal que fica uns dez minutos de caminhada. Aqui moram senhoras e senhores que passam por este transtorno todos os dias.

Acesso:
O acesso é terrível e não custaria quase nada a prefeitura asfaltar 50 m de chão. A única parte do caminho concretado existente foi feita por nós, arrecadando material através de festas organizadas na comunidade. Aliás trajeto esse que se encontra destruído pela falta de manutenção e chuvas.
Isso facilitaria até o caminhão da Clin a ter acesso.

Emprego, renda e turismo:
Um exemplo de abandono, um pólo de emprego e turismo seria aquele hotel. Se ativado geraria emprego para todos os moradores locais e muito mais. Aqui não mora vagabundo! Eu tenho um amigo chamado Marco Antonio que juntos fizemos alguns projetos que ainda não saíram do papel, tipo; pesque e pague ( por já existir uma barragem que está abandonada ), cavalos com charretes, passeio ecológico com guias turisticos da região, tem o horto, resgate de para-pentes com equipamento de segurança adequados, botando a garotada que vive aqui para trabalhar e não ficar de cabeça vazia, afinal eles conhecem a mata toda mais do que ninguém. Mas isso tem de vir através de parcerias com a prefeitura. Por exemplo, no pesque e pague os engenheiros poderiam dar uma assistência em relação aos projetos estruturais.

O Presidente com a juventude do lugar. Um trabalho de muito diálogo e coinscientização

Irregularidade:
Nossa intenção é viver regularizado, pagando as contas, IPTU, é lógico em suas proporções porque somos humildes, como vocês podem ver. Aqui é mata fechada cara, só tem casa e mato. A gente não quer destruir nada. Nossa intenção é preservar ao máximo, pois moramos e criamos nossos filhos aqui.

Saúde:
Atendimento médico só no posto de saúde do Preventório ou em Jurujuba que é muito longe. E porque não visitas periódicas do médico de família? Acho que também temos o direito, afinal, somos seres humanos.

Água, luz e saneamento:
A água é de poço, cada um faz o seu. Agora olha que absurdo, a gente tem um processo contra a Ampla pra ter luz, se fossemos safados continuaríamos no gato, que não paga nada! A gente não tem o direito de ter luz? Como é que pode isso? Saneamento não existe, o esgoto de todos vai parar na rua.
Poxa, queremos ser igual a todo mundo!

Cada casa tem seu poço


Gostaria de acrescentar alguma coisa?
O jornal UNITERÓI foi o primeiro veículo de comunicação que veio escutar o outro lado da moeda, porque os outros só meteram pau. A gente não quer ser clandestino e às vezes saem reportagens em determinados jornais falando que somos invasores, que desmatamos tudo e não é verdade. Preferem nos taxar de favelados e invasores à participar com a gente nessa luta. A prefeitura não procura a gente pra nada e não queremos ser considerados uns excluídos. Já fui inúmeras vezes lá e não recebemos nenhuma visita deles aqui. Não queremos problemas e sim soluções. Já estive várias vezes conversando com o Secretário de Meio Ambiente Jefferson e nada!
A tranqüilidade e a proximidade da natureza é realmente inacreditável. Parece que estamos em outro Mundo. Só queremos melhorar a qualidade de vida das pessoas e se conseguirmos melhorar dez per cento já é uma grande vitória para todos da Comunidade do Sítio da Aldeia. O resto a gente corre atrás.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

COMUNIDADE SÍTIO DA ALDEIA 1° PARTE


COMUNIDADE ECOLÓGICA
TEXTO & FOTOS
FABIO DA SILVA BARBOSA
LUIZ HENRIQUE PEIXOTO CALDAS
O Parque da Cidade com 270 metros de altura é a maior reserva florestal urbana de Niterói. Pode-se ter dessa altitude uma bela vista de diversos pontos da cidade. Vários esportes radicais são praticados no Parque da Cidade. Inaugurado em 1976 o mirante abriga vôos de para-pente e asa-delta que partem das duas rampas. As trilhas também são muito utilizadas pelos visitantes em passeios ecológicos, de bicicleta ou a pé. A Neotur, empresa responsável atualmente pela administração do parque, possui vários projetos para o lugar, como um teleférico que fará a ligação entre o ponto turístico e a praia de Charitas.

ESTRADA PARA CHEGAR NA COMUNIDADE SÍTIO DA ALDEIA

Tudo parece perfeito, até subirmos a Estrada Nossa Senhora de Lurdes. Em um pequeno desvio que tem chegando ao posto da guarda municipal (Inspetoria Ambiental) entramos em uma estrada de Chão que leva a comunidade Sítio da Aldeia.
Embora tendo uma história de quase 50 anos, estando lá antes mesmo do mirante, eles tem seus direitos básicos negados pela prefeitura que prefere vê-los como invasores. Não existe médico de família ou qualquer projeto social. O esgoto passa pela rua, sem nenhum tipo de tratamento existente e para chegar, os moradores, muitos idosos e crianças, têm de enfrentar uma subida de mais de 40 minutos a pé, sem contar a estrada de chão. Na verdade o problema começa na própria guarda, sem efetivo satisfatório para vigiar toda área que é responsável e completamente desequipada, não possui ao menos um veículo para fazer rondas no local.

PLACA DO POSTO DA GUARDA NA ENTRADA DA ESTRADA DE CHÃO

Tivemos oportunidade de conversar com o líder comunitário local, Eduardo Moreira de Souza ( 33 ), morador do Sítio da Aldeia há vinte e quatro anos. Eduardo está no 6° período da faculdade de fisioterapia e acredita que os argumentos usados pela Prefeitura para impedir o acesso da comunidade a recursos como luz, por exemplo, não são válidos. “A Ampla nos informou que estamos fora da área de reserva, mas a Prefeitura diz que estamos dentro. Eles alegam que se botar luz vai virar favela, mas não é do nosso interesse que isso aqui cresça. São 26 casas, algo próximo a 90 pessoas. A maioria que mora aqui é da mesma família. Uma casa não nasce assim da noite para o dia. Não chegamos ontem. Podiam cadastrar os moradores. O posto da guarda fica aqui na porta, é só controlar a entrada de material que não se constrói mais casas.O que queremos é simples. Se você ver, aqui é tudo mata fechada, os micos e os pássaros passeiam tranquilamente pelas árvores. Ninguém fica devastando o lugar. Não queremos viver na clandestinidade. Queremos participar como todo mundo”

CHEGADA NA COMUNIDADE

Antônio da Silva Moreira, considerado o grande patriarca de todos dali, foi o primeiro a chegar. Tio de Eduardo ficou encantado com o contato com a natureza e pretende nunca abandonar o lugar em que viveu praticamente meio século. Os mais jovens também tem muito carinho pelo Sítio e todos os dias reúnem-se para jogar futebol por volta das 17:00 hs. Eduardo, pelo menos uma vez por semana participa do jogo, aproveitando a oportunidade para conversar e ver como estão indo na escola. Apesar de toda a dificuldade e da distância que tem de vencer, o Líder nos conta com orgulho que todos estão indo bem nos estudos e que reconhecem sua importância para o futuro.

O ESGOTO - UM PROBLEMA COMUM A MUITAS DAS COMUNIDADES EM QUE VISITAMOS

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Carnaval de Rua - 2° PARTE

“UM DIA SAI” SAIU
TEXTOS E FOTOS POR:
FABIO DA SILVA BARBOSA
& LUIZ HENRIQUE PEIXOTO CALDAS
Dia 20 de Janeiro foi dia de São Sebastião. Foi também um sábado chuvoso. Dia 20 de Janeiro foi dia do Bloco Carnavalesco Um Dia Sai brilhar no carnaval de rua de Niterói. Uma verdadeira multidão atravessou diversas ruas do bairro Santa Rosa, formando uma enorme festa. Quem acompanha nossa página conhece a história do bloco que saiu pela primeira vez em 2007 e tinha uma perspectiva de sucesso para esse ano. O samba homenageou Odir cinzento, grande sambista da Martins Torres. Entre os convidados que participaram estava mestre Dudu, que comanda um projeto social belíssimo, ensinando crianças carentes a tocar instrumentos musicais. Para quem não pode comparecer aí vão alguns registros desse momento de alegria.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Carnaval de Rua

O verdadeiro carnaval

textos e fotos por fabio da silva barbosa
& luiz henrique peixoto caldas

Des do ano passado viemos acompanhando nas comunidades o verdadeiro carnaval do povo que estaria por vir e o balanço foi super positivo. A Rua Nóbrega, em Santa Rosa comemorou seu meio século de Carnaval de Rua, a Pracinha do Largo do Marrão também em Santa Rosa deu uma festa só para crianças com animador e brincadeiras, Blocos saíram de todos os cantos representando sua localidade de origem e o Centro de Niterói recebeu vários blocos e escolas das comunidades da cidade. Abaixo postamos duas fotos aéreas tiradas do Bloco carnavalesco dos 3 Vs (Vou Vomito e Volto) e ainda essa semana publicaremos o des file do bloco Carnavalesco Um Dia Sai que aconteceu 20 de Janeiro deste ano. quem acompanha nosso blog e o jornal impresso sabe do que estamos falando.



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

CONTATOS:


Recebemos de uma leitora o seguinte e-mail:

Tadinho do Bezerro !!!!!

Oi Gentem, reflitam sobre o baby-beef....tadinho do bichinnho mesmo!!

A carne de vitela é muito apreciada por ser tenra, clara e macia...Mas, o que pouca gente sabe é que o alimento vem de muito sofrimentodo bezerro macho, que desde o primeiro dia de vida é afastado da mãe e trancado num compartimento sem espaço para se movimentar.Esse procedimento é para que o filhote não crie músculos e a carne semantenha macia.


"Baby beef" é o termo que designa a carne de filhotes ainda não desmamados. O mercado de vitelas nasceu como subproduto da indústria delaticínios que não aproveitava grande parte dos bezerros nascidos das vacas leiteiras.

Veja como é obtido esse "produto":

assim que os filhotes nascem, são separados de suas mães, que permanecem por semanas mugindo por suascrias. Após serem removidos, os filhotes são confinados em estábulos com dimensões reduzidíssimas onde permanecerão por meses em sistema de ganho de peso alimentação que consiste de substituto do leite materno.Um dos principais métodos de obtenção de carne branca e macia, além da imobilização total do animal para que não crie músculos, é a retirada do mineral ferro da sua alimentação tornando-o anêmico e fornecendo omineral somente na quantidade necessária para que não morra até oabate. A falta de ferro é tão sentida pelos animais, que nada no estábulo pode ser feito de metal ferruginoso, pois eles entram desespero paralamber esse tipo de material.Embora sejam animais com aversão natural à sujeira, a falta do mineral faz com que muitos comam seus próprios excrementos em busca de resíduos desse mineral.Alguns produtores contornam esse problema colocando os filhotes sobreum ripado de madeira, onde os excrementos possam cair num um piso de concreto ao qual os animais não tenham acesso. A alimentação fornecida é líquida e altamente calórica, para que amaciez da carne seja mantida e os animais engordem rapidamente.Para que sejam forçados a comer o máximo possível, nenhuma outra fonte de líquido é fornecida, fazendo com que comam mesmo quando têm apenas sede.

Com o uso dessas técnicas, verificou-se que muitos filhotes entravamem desespero, criando úlceras pela sua agitação e descontrole no espaço reduzido.Uma solução foi encontrada pelos produtores: a ausência de luz; a manutenção dos animais em completa escuridão durante 22 horas do dia,acendendo-se a luz somente nos momentos de manutenção do estábulo. No processo de confinamento, os filhotes ficam completamenteimobilizados, podendo apenas mexer a cabeça para comer e agachar, sem poderem sequer se deitar.

Os bezerros são abatidos com mais ou menos 4 meses de vida de uma vida de reclusão e sofrimento, sem nunca terem conhecido a luz do sol.E as pessoas comem e apreciam esse tipo de carne sem terem idéia de como é produzida.A criação de vitelas é conhecida como um dos mais imorais e repulsivos mercados de animais no mundo todo.

Como não há no Brasil lei específica que proíba essa prática - como na Europa - o jeito é conscientizar as pessoas sobre a questão.Nossa arma é a informação!Se souber o que está comendo, a sociedade que não mais tolera violências, vai mudar seus hábitos. Podemos evitar todo essesofrimento não comendo carne de vitela ou baby-beef repudiando os restaurantes que a servem.O consumidor (Assim como o eleitor) tem força e deve usar esse poder escolhendo produtos, serviços e empresas que não tragam embutido osofrimento de animais.

Pense se fosse você

Fonte:Instituto Nina Rosa - Projetos por Amor à vida)

Se você anseia por uma sociedade mais humana e sem violência, repasse esse e-mail.

A VIDA AGRADECE.


Profª Maria de Lourdes Pereira Dias - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTACATARINA - CSE/CNM - Campus Universitário - Trindade 88..040.900 - Florianópolis (SC) - B R A S I L Phone:(55- 0xx48) 3331-9483 VALORIZE A VIDA ANIMAL. DIGA NÃO À ESTA BARBARIDADE!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

INFORMES - AGENDA DA COMUNIDADE

VISITE NOSSO BLOG NA INTERNET E VEJA NOTÍCIAS ATUALIZADAS DIARIAMENTE SOBRE AS COMUNIDADES.
Comunidadeeditoria.blogspot.com

CONHEÇA TAMBÉM NOSSO PROFILE E COMUNIDADE DO ORKUT.
NOSSO E-MAIL PARA CONTATO É:

comunidadeeditoria@yahoo.com.br



Agora a comunidade do Norte e Nordeste tem um ponto de encontro em Niterói

Quinzenalmente na esquina da Rua Professor Otacílio com Duque estrada em Santa Rosa, Niterói, acontece o café da manhã nordestino acompanhado de um forró ao vivo e da divulgação do livro de literatura de cordel “Aquarela do Nordeste”.





Tudo isso oferecido pelo Ministro do Baião Zé de Moura, com a ajuda do amigo Severino colaborador da nova liderança comunitária da Beltrão e grande interessado na cultura nordestina. O lugar será futuramente um centro de cultura nordestina.


O evento começa a partir das 9:00 da manhã no tradicional bar onde foi filmado o curta metragem “Beber, Conversar e se der Cantar” de Francisco Bragança. Maiores informações diariamente no próprio lugar.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

CONTATOS: GIOVANE CHRISTE

ELE HOJE ESTAVA PARTICULARMENTE INSPIRADO E NOS MANDOU OUTRO SCRAP QUE TIVEMOS DE POSTAR AQUI. SE QUISER VER TODOS OS SCRAPS ENVIADOS POR GIOVANE VISITE NOSSO SCRAPBOOCK DO ORKUT


O que me perturba não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons"
(Martin Luther King - ATIVISTA NeGRO americano,
infelizmente não tão conhecido, porque não foi um DJ famoso nem ator de hollywood.)

CONTATOS: GIOVANE CHRISTE


Sorriam Senhoras e senhores.
Sejam bem vindos a esse espetáculo,
cujo palco é este planeta chamado terra,
onde o horrível é belo e o direito a vida só a poucos pertence,
onde as letras escritas com sangue são consumidas aos montes,
pois o amor, carinho,solidariedade e a arte são considerados adereços sem muita importância.
Nesse espetáculo a personagem principal não é nem um galã.
Não, seus gestos cavalheirescos não surtem tanto efeito de êxtase em uma platéia que se deleita ao ver cenas de horror que ocorrem diariamente com nossas crianças,
Suas palavras doces não podem competir com a rajada de insultos, proferidas pelos ferozes leões que destroçam brutalmente os cristãos nos coliseus da televisão.
Levantem-se e aplaudam a estupidez humana.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

COLETIVO REGRAF

Em Recife, o coletivo Regraf, que existe desde 2004, vem lutando para ajudar as classes desfavorecidas e dando apoio aos artistas locais. O coletivo tem uma base socialista e acredita que uma das principais razões para a desigualdade social é o sistema vigente.
Fizemos uma entrevista com Azul de Barros, fundador do grupo, para conhecer um pouco mais sobre seu trabalho e a realidade do lugar.

COMUNIDADE: Quem é Azul de Barros e o que é o Coletivo Regraf?

REGRAF: Azul é o pseudônimo que me identifiquei, pois na época tinha começado a grafitar pelo Recife, e no mundo das artes de rua é comum que se tenha um apelido. Embora tenha fundado o Regraf, não me considero líder, pois o fato de ser um coletivo de base socialista nos faz extinguir a idéia de superioridade dentro do grupo. O Coletivo Regraf foi criado primeiramente com o objetivo de reunir uma turma da minha antiga escola que se interessava por grafite. Aos poucos uns e outros foram se distanciando do grafite e conseqüentemente do Regraf. Como o grupo era uma coisa que eu não queria acabar convidei alguns amigos, e daí outras pessoas se interessaram e formamos o Coletivo. Redefinimos a partir daí os conceitos e princípios do Regraf. Como eu era socialista e já realizava atividades solidárias, lancei a proposta de termos um padrão socialista, solidário e de luta comunitária ao mesmo tempo. A idéia foi aprovada pelos membros e hoje é o lema do coletivo: Arte, luta e Solidariedade. Vimos também a necessidade de termos uma variedade de atividades dentro do grupo, começamos então a convidar grupos de expressão cultural. Hoje o Coletivo é considerado uma união de músicos, artistas plásticos, poetas e esportistas que se importam não só apenas em passar a sua mensagem artístico e cultural, mas em ajudar os desfavorecidos e combater as injustiças cometidas pelo sistema Capitalista.
Grafite na Favela Ilha do Destino no Bairro de Boa Viagem.

COMUNIDADE: Existe algum tipo de apoio?

REGRAF: No momento não recebemos ajudas financeiras de nenhuma entidade privada ou do governo, mas contamos com algo que é muito mais importante do que a ajuda em dinheiro, que são as parcerias. Outros grupos do Recife que também realizam trabalhos comunitários, como o grupo Extinto Criativo, que está junto com o Coletivo nas aulas de grafite pra comunidade; e até vocês mesmos, Fabio e Luiz, por estarem fazendo essa troca de idéias que é muito importante para ambos. Raramente recebemos doações de camisas para pintura, garrafões d’água para os eventos, tecidos para faixas. Mas apesar disso, os encontros solidários e interativos estão dando sucesso, pois, por sorte, alguns membros do Regraf possuem os materiais necessários e “quebram o galho”. Uns ficam encarregados com os panfletos e cartazes, pois trabalham com isso, um tem o equipamento de som, outro tem tinta e faz as faixas e pinta camisas, e assim por diante... Dessa forma economizamos dinheiro, passamos a mensagem do evento, treino ou palestra e ajudamos quem precisa, tudo de forma bem coletiva.

AULAS VOLUNTARIAS DE GRAFITE


COMUNIDADE: Vocês trabalham tanto com comunidades carentes quanto com a classe dos artistas. Como dão apoio a esses dois grupos de indivíduos e como eles interagem?

REGRAF: Procuramos sempre trocar idéias entre os próprios membros do Coletivo Regraf , para refletir sobre o cotidiano, sabermos como vai nos estudos, em casa e se podemos ajudar em algo. Mas a principal meta do Regraf com os artistas envolvidos é proporcionar com que eles próprios possam abrir suas mentes e buscar inspirações nas comunidades, passando a arte deles para a comunidade e despertando interesse dos moradores pelo meio artístico. Na comunidade Ilha do Destino, por exemplo, realizamos juntamente com o pessoal do Extinto Criativo e Apocalipse crew um amostra de grafite. A idéia foi ótima, podemos ver de perto contraste socioeconômico, pois a comunidade se localiza no bairro de Boa Viagem, conhecido pelos grandes e luxuosos prédios, galerias e pela grande orla. Vimos que lá é uma comunidade forte e unida, apesar das discriminações. Na Ilha do Destino, contamos com a participação de um morador da comunidade que já se interessava pela grafitagem, mas não tinha oportunidade. Então, buscamos fazer algo mutuo, os artistas mostram suas artes para a comunidade e despertam o interesse do pessoal da comunidade, além de fazer a entrega de alimentos recolhidos antecipadamente ao evento, e em troca ganhamos algo que não se compara: o prazer de poder ver que estamos passando ao mesmo tempo alegria e diversão pelas atividades físicas, e que estamos amenizando um pouco a miséria, mesmo que não seja para sempre. Contamos hoje com aulas de grafite para a comunidade, shows para arrecadar alimentos, treinos solidários e estamos agora planejando aulas de inglês gratuitas.
BANDA CIRCO MOLAMBO

COMUNIDADE: Uma banda que está tendo muito destaque dentro do Coletivo é o Circo Molambo. Por que ela vem se destacando entre tantas bandas que atuam em Recife?

REGRAF: A entrada da banda no Coletivo Regraf foi muito boa, ela é uma das poucas bandas que surgiram no Recife nos últimos anos que se intitulam como manguebeat - ou manguebit. Acredito que o destaque da banda se deu principalmente pelo fato deles representarem algo revolucionário. O manguebit de Chico Science e Nação Zumbi e Mundo Livre s/a (bandas criadoras do movimento mangue) mesmo sendo algo revolucionário na década de 90, não tinha como caráter principal denunciar injustiças do capitalismo, já a Circo Molambo, faz um manguebeat voltado para o meio social. A banda ainda é nova na estrada, mas nesse pouco tempo já surpreendeu muita gente com o seu som. Dentro do Coletivo há uma certa troca de obrigações, os cartões, faixas e camisas da banda, por exemplo, são feitos por outro pessoal do Regraf que, de alguma forma, entendem melhor do assunto ou trabalham com isso. Quando realizamos nossos eventos sempre podemos contar com a Circo Molambo para a organização e para alegrar o público com música boa. Agora contamos, também, com uma nova banda que já estará tocando no nosso próximo evento, juntamente com a Circo Molambo, que é a Blessing, um estilo de Rock pesado que eles denominam Power Metal.
O pensamento que nós, do Regraf, temos é de que usando manifestações culturais, fica mais fácil passar a mensagem, pois o povo brasileiro, especificamente o pernambucano, é muito ligado à cultura popular. A música de Pernambuco, por exemplo, é uma referencia nacional e a cada dia no nosso estado você ouve falar em uma banda nova, seja de qual for o gênero.

COMUNIDADE: O que mudou em Recife depois do manguebeat?

REGRAF: O Manguebeat, ou Manguebit foi sem dúvida um marco para a história da música brasileira. Chico science, Fred 04 e Renato L., idealizadores do movimento mangue, fizeram algo nunca visto, juntaram o coco, maracatu, ciranda e outros ritmos locais com expressões musicais que estavam “bombando” nos anos 90 (hip-hop, música eletrônica, samba, funk, rock). O Manguebeat abriu as portas do mercado para a música raiz pernambucana. Depois do movimento mangue, o som de nosso Estado foi visto com outros olhos pelo Brasil inteiro, e até pelo mundo. Devemos muitos a esse movimento musical. Vários jovens passaram se interessar pela música local após o surgimento do Manguebeat. A expansão da cultura popular por todo o estado, também deve um pouco ao manguebeat, com mais jovens interessados em se ligar à cultura, seja tocando em maracatu, dançando coco ou caindo nos passos do frevo, já é mais fácil distanciar eles das drogas, por exemplo.

COMUNIDADE: Fale sobre o le parkour e o treino solidário.

REGRAF: O le parkour é uma atividade física, de origem francesa, que seguinifica “o percurso”. Tem como principal objetivo usar a força física, o raciocínio lógico e a criatividade para ultrapassar os obstáculos “criados”. Os praticantes, ou “traceurs”, usam da imaginação para fazer de um banco da praça, de um muro da esquina ou de barras de ferro de alguma construção um obstáculo para eles passarem. Mas, a filosofia do PK vai muito alem de apenas “pular muros”, os traceurs buscam sempre criar algo inovador e mais difícil de superar, seja tentar pular um muro maior ou aumentando o tempo do percurso. Dessa forma os praticantes de le parkour, estão sempre desenvolvendo o corpo, através dos exercícios físicos e de uma certa forma, desenvolvendo seu psicológico, com o seu instinto de superação. A relação do Parkour com o Coletivo Regraf começou através de um amigo que estuda comigo, ele é praticante de Le Parkour e se mostrou interessado de participar do nosso Coletivo, com isso marcamos de ir há um treino beneficente que a galera da associação pernambucana havia organizado, conheci outros praticantes de PK, que também se mostraram interessados e já marcamos uma reunião pra acertar as contas da entrada deles no coletivo. Hoje, contamos com cerca de cinco traceurs, um número ótimo, se levarmos em consideração que o Le Parkour é algo muito recente no estado e ainda não tem muitos praticantes. A idéia dos treinos solidários no PK não é uma exclusividade do nosso Coletivo, felizmente o parkour, apesar de ser algo novo e descriminado, se mostra mais interessado em ajudar a sociedade do que vários outros esportes. O principal objetivo dos treinos é tentar passar a mensagem do le parkour para os traceurs iniciantes e tentar acabar com o preconceito que existe com a prática, pois na maioria das vezes os próprios moradores, de maneira errada, como “esporte para ladrão”. Algo que acontece constantemente, por exemplo, é a proibição da prática em locais públicos, feito pelos seguranças locais, e o mais “estranho” é que, na maioria das vezes, eles não têm argumento. Aos poucos, os traceurs foram percebendo a importância de realizar treinos solidários, e hoje, praticamente todo treino organizado pela associação local de PK tem um certo punho social. Nós, do Regraf, vimos que essa idéia é maravilhosa e passamos adiante com os nossos traceurs, que inclusive já possuímos o nosso próprio grupo, o Parkour Regraf.
O LE PAKOUR EO TREINO SOLIDARIO

COMUNIDADE: Como está a política local?

REGRAF: Nosso estado é muito dividido politicamente, hora vemos uma grande febre esquerdista e uma hora vemos uma quantidade maior de burgueses no poder. Mas, hoje em dia, o que vemos é sempre a mesma coisa, independentemente da vertente política dos governantes. Em Pernambuco há várias desgraças sociais, nas ultimas pesquisas vimos que o nosso estado teve 319 mulheres assassinadas, na maioria delas pelos seus parentes, cerca de 57,08% da população pernambucana vive abaixo da linha da pobreza e Recife continua sendo uma das capitais com mais concentração de renda. Acredito que para melhorar a situação do estado e do Brasil é preciso que tenha realmente um governo do povo. Os políticos nada mais são do que nossos empregados. Devemos sempre cobrar deles o que prometeram e o que não prometeram, mas sem esperar demais. Para podermos implantar um verdadeiro governo justo, tem que haver informação de qualidade para todos. A televisão, aqui no estado, por exemplo, quase não abre as portas para a nossa cultura, os poucos programas que divulgam a cultura popular recebem pouco incentivo. Os programas policias e de desgraças sociais estão tomando conta das emissoras, a maioria deles espetacularizão dos casos de assassinato e mostram apenas os fatos e não as causas dos crimes, o que acaba muitas vezes levando embora o senso crítico da população. Uma ação em conjunto, digo, com educação, saúde, lazer, cultura sendo passadas de uma forma justa seria algo maravilhoso. Mas, com certeza isso não irá acontecer se depender da vontade dos governantes. Temos que ir a luta e “armar” a população sem informação com informação, para que eles possam também reivindicar seus direitos.

COMUNIDADE: Até que ponto o socialismo é importante para o grupo e como ele é posto em prática?

REGRAF: O socialismo, no grupo, é algo que usamos como conduta e nos nossos fundamentos e princípios. Como a maioria dos membros do Coletivo Regraf são socialistas e os que não são não criticam, procuramos sempre colocarmos em questão que somos um grupo de princípios socialistas. Dizemos ter princípios socialistas, porque hoje em dia a verdadeira idéia comunista de Marx, esta bastante distorcida pelo seu mau uso. Os regimes socialistas que vemos nesses últimos anos não são exemplos perfeitos de sociedade. Mao, Lênin, Fidel, Chávez e outros lideres socialistas tentaram e tentam implantar um regime igualitário em seus países, mas sofrem pela pressão exercida pelo capitalismo, demonstrando contradições ás idéias marxistas. Achamos as idéias comunistas perfeitas para a sociedade em que vivemos, mas para se implantar um socialismo ao pé da letra é necessário uma revolução mundial, sem guerras e sem mortes, pois já está mais do que provado que nada dará certo se a sociedade não quiser. Temos que primeiramente mudar a opinião do povo sobre as idéias de igualdade social, se aproveitando das principais fraquezas do capitalismo. No Regraf, não classificamos ninguém por cargo ou algo parecido, todos temos nossas obrigações dentro do grupo. Boa parte do Coletivo participa de grupos estudantis e “bate-boca ” para reivindicar direitos, que são literalmente tomados pelos capitalistas. No grupo a luta contra o sistema capitalista vai alem das militâncias em grupos estudantis. Realizamos alguns vídeos e entrevistas com os desfavorecidos, vendemos jornais socialistas de cunho denunciativo, promovemos encontros com diálogos e dessa forma alertamos a população sobre os perigos de um sistema voltado para o lucro.

COMUNIDADE: Existe esperança para os menos favorecidos? O que falta para a situação atual mudar?

REGRAF: No começo do meu envolvimento com a militância, sempre me perguntava se adiantaria todo esse esforço que eu estava fazendo, mas logo, percebi que quando se tratamos de revolucionar um sistema socioeconômico mundial, não é necessário que o resultado seja imediato. O sistema de ação do Regraf é o de sempre tentar passar para o povo, de forma insistente, o lado ruim do capitalismo e a verdadeira idéia socialista. Um sistema justo pode ser conquistado hoje ou no século seguinte, depende muito de como a população está no momento, mais sedo ou mais tarde o conformismo da população irá acabar e a revolução irá começar. O meu papel e os de todos que passam a mensagem revolucionária de que mesmo que não seja na nossa geração, nos seremos lembrados por aqueles que também iram lutar por um mundo mais justo futuramente e assim será até esses pensamentos chegarem na geração que “explodirá” a revolução. Mas para fazer uma revolução hoje, amanhã ou depois, é necessário se aproveitar dos momentos de fraqueza e esgotamento do capitalismo. Tem que haver, também, pessoas que queiram sempre passar a mensagem adiante de maneira incansável, e informar as massas sobre o que elas estão sendo submetidas. Uma organização entre a população para haver um plano de ações é, também, necessário para que acabemos com a miséria e injustiças do mundo capitalista. Quando toco nesse assunto uso sempre um exemplo que acho legal: Se estudarmos para uma prova final na escola em que temos que tirar nota 5, nunca estudamos para 5 e sim para mais que 5, pois se houver caso de erro em alguma questão, ficaremos na média e passaríamos de ano. Esse exemplo pode ser comparado com uma revolução socialista, pois, mesmo as pessoas achando o sistema comunista algo que é perfeito, porem utópico, temos que pensar em alcançar esse regime, pois se não chegarmos realmente em um governo comunista, chegaremos próximo, o que, com certeza, seria bem melhor que o sistema miserável atual.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Amigos da Martins Torres - ENTREVISTA

Entrevista com o presidente
Por fabio da Silva Barbosa & Luiz Henrique Peixoto Caldas

O presidente da AMANTA, Valadares nos recebeu em sua casa com toda cortesia para falar um pouco sobre como se administra uma associação que atinge a tantos lugares e classes sociais diferentes. Nos mostrou várias fotos de obras realizadas em sua administração e nos expôs seu ponto de vista sobre alguns assuntos.

Comunidade: Geralmente as associações de moradores são mais locais, o por que de criar uma tão ampla?

Valadares: A realidade é que nossa associação atende ao mesmo número de pessoas que a maioria das outras. O nosso pensamento foi que se o Morro da Paulada fizesse uma associação, a Barreira outra, a rua Martins Torres outra, nós não conseguiríamos o peso necessário para termos nossos pedidos atendidos. A população dessa área é pequena.

Comunidade: Mas como conciliar expectativas tão diferentes? Da Professor Otacílio até o final da Martins torres são várias classes sociais? São necessidades diferentes.

Valadares: Na verdade a necessidade é uma só. Viver com dignidade. Todos terem acesso as mesmas coisas.

Comunidade: Como você faz o balanço de sua gestão até o presente momento?

Valadares: Conseguimos concluir vários projetos, como o esgoto na vila Antonio Fernandes e na Santo Elias, onde alagava e entupia em dias de chuva. Através de abaixo assinado e moradores asfaltamos a rua Otavio Land. A restauração da calçada da creche e da escola pública, com a construção de 2 rampas e a instalação de grade de proteção, melhorando o acesso para idosos e deficientes físicos, com grande ajuda da direção da escola e da creche e em parceria com a prefeitura e a clinica DERT. Também realizamos a pintura no muro da creche. Nisso então a ajuda da diretoria do colégio foi fundamental, pois eles deram o material e a mão de obra. Tenho muito a agradece-los.

Comunidade: Existe algum tipo de projeto social em andamento?

Valadares: Temos a escolinha de futebol e a capoeira. Tenho que agradecer a secretaria e ao ministério dos esportes por isso, além do grupo Gema e a ONG Visão Esperança. Tem também os cursos de técnico em máquinas de lavar roupa, eletricista residencial, refrigeração e bombeiro hidráulico que eu mesmo administro. A partir de agora toda segunda de 14:00 Hs às 16:00 Hs até 14 de janeiro o direitos humanos vai estar a disposição na associação para atender a população.

Comunidade: As pessoas estão reclamando sobre a limpeza das ruas.

Valadares: O caminhão de lixo está sempre passando e os Garis também. O problema é o número insuficiente de garis. Sempre que solicitamos os bueiros são desentupidos e as árvores podadas. Além disso, a CLIN liga uma vez por mês para saber onde há necessidade de capinar. O que estamos realizando é um trabalho de conscientização para que as pessoas mantenham o lugar limpo.

Comunidade: E o relacionamento com a prefeitura?

Valadares: A prefeitura tem colaborado muito.

Comunidade: E os problemas existentes na Alameda Tropical, antigo Morro da Paulada e na barreira? Estivemos por lá e vimos que não são poucos.

Valadares: Estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance. A associação não tem recursos financeiros, mas luta na tentativa de solucionar os problemas. Todos os moradores da Alameda já foram cadastrados no médico de família e a pavimentação na Barreira parou porque a prefeitura não tem mandado material.

Comunidade: Gostaria de acrescentar alguma coisa?

Valadares: Gostaria de agradecer muito ao grupo GEMA, ao Professor Luciano, a Emilia e a Telma. Todos estão nos dando muito apoio.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Amigos da Martins Torres - ENTREVISTA

Entrevista com o ex vice-presidente da AMANTA

POR: FABIO DA SILVA BARBOSA

& LUIZ HENRIQUE PEIXOTO CALDAS

Atualmente a AMANTA está sem vice-presidente. Mas conseguimos uma entrevista exclusiva com Paulo César Araújo da Silva, conhecido como Paulo bolacha, que ocupou durante algum tempo esse cargo. Paulo é ex-diretor do Colégio Guilherme Brigues, coordenador de nutrição do estado no município de Niterói. Professor e perito criminal do estado a 33 anos, exerce ainda a função de sub chefe da polícia técnica em São Gonçalo. Pós graduado em criminalística forense com cursos diversos de Evidência em Locais de Crimes realizados no Brasil e no exterior ( Carolina do Norte, Atlanta e Miami nos EUA). Nos encontramos em Niterói quando chegava de um congresso internacional de criminalística realizado em Salvador na Bahia.

Comunidade: Por que você resolveu assumir o cargo de vice-presidente?

Paulo: Sempre tive dois objetivos em mente, denunciar e ajudar. Fui convidado pelo presidente Valadares a ser seu vice e achei uma boa oportunidade para denunciar o que havia de errado no lugar e ajudar no que fosse possível a quem precisasse. Durante o tempo que estive na associação procuramos a prefeitura para cobrar várias obras que estavam se arrastando a 30 anos. Através do engenheiro da EMUSA (Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento) Dr. Ney, junto com a Águas de Niterói fizemos uma galeria suspensa e um coletor de esgoto na Vila Antonio Fernandes. Foi feito uma reportagem no RJ TV a pedido de uma moradora e a EMUSA veio fazer outras obras e cedeu material para obras que acabaram por não serem feitas.

Comunidade: E por que saiu?

Paulo: Por motivos pessoais e ideológicos.

Comunidade: Agora, que você pediu seu afastamento da associação, qual caminho para continuar ajudando essas pessoas?

Paulo: Hoje estou filiado ao PPS e dependendo do entendimento com o presidente do partido virei como candidato a vereador por Niterói. Sempre acreditei que ao invés de me mover por interesses pessoais apoiando pessoas de fora que não conhecem nossos problemas reais deveríamos eleger um vereador dali de dentro.

Comunidade: Até certo ponto a Rua Martins Torres está pavimentada, mas quando chega no final, uma série de problemas, não só com a pavimentação, podem ser observados. Por que?

Paulo: Essa parte da rua já teve a manutenção solicitada dês do governo Jorge Roberto Silveira. O engenheiro que veio na época disse que a reclamação não procedia e nada foi feito. Solicitei outro engenheiro e me mandaram um que lembro até hoje o nome dele. Lincom. Depois que fez a vistoria me informaram via telefone que a obra era cara. Agora obra cara em lugar de rico eles fazem, como fizeram no acesso da região oceânica quando caiu a ponte da estrada velha. A erosão fez com que ela chegasse no ponto em que chegou hoje. Já caíram dois carros ali. Moram famílias que pagam impostos naquele lugar e quando precisarem de algum tipo de socorro como ambulância e carro de bombeiro fatalmente não vão ter. Nem o carro da CLIN que ia até lá consegue chegar. A rua literalmente falando acabou. Estão pondo em risco a segurança e a saúde das pessoas.

Comunidade: Hoje você não mora mais na Martins Torres?

Paulo: Meu afastamento é só predial. Tenho 43 anos de convívio no lugar, laços familiares... Seria impossível me afastar fisicamente da Martins Torres. Pelo menos uma vez por semana tenho que visitar.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Amigos da Martins Torres - Bloco Carnavalesco Um Dia Sai

Dando continuidade a reportagem especial sobre a Martins Torres e adjacências e aproveitando o clima de carnaval, nós lhes apresentamos: o bloco Um Dia Sai

Nem tudo é tristeza

Mesmo com tantos problemas, é na região administrada pela AMANTA que nasceu um bloco que está entre os mais expressivos de Santa Rosa. O Bloco Carnavalesco Um Dia Sai, que está preparando seu segundo ano de desfile com o apoio da FM O Dia, esperando receber 2.000 pessoas. O samba enredo vai ser sobre Odir, que ensinou a muitos da Martins Torres sobre a arte do samba.
O bloco foi planejado durante 5 anos. Até que durante uma carangueijada (Daí o símbolo ser um carangueijo) se resolveu o nome do bloco. “Como o bloco ficava sempre naquela de sai ou não sai, resolvemos que seria Um Dia Sai.” Contou Naldinho, um dos organizadores do bloco.
Daí por diante as coisas correram rápido. Fez-se rifa de uma caixa de cerveja para juntar dinheiro. Conseguiram apoio do Acadêmicos do Sossego, Escola de Samba do Largo da Batalha, que cedeu integrantes e instrumentos, a Araçatuba através de ofício liberaram ônibus para os instrumentos e integrantes e a cervejaria Itaipava liberou 100 caixas de cerveja para serem vendidas e arrecadar fundos.


Naldinho mostra a bandeira do bloco

Conseguiram alugar um trio elétrico em São Gonçalo por cinqüenta reais/hora e no ano passado fizeram seu primeiro desfile contando com a participação de 800 foliões
Em Dezembro de 2007 foi feita a apresentação da nova camisa, do novo samba e a escolha da passista.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

COMUNIDADE NO FORRÓ

Aproveite o carnaval para conhecer o verdadeiro Forró Pé de Serra com Fernando Otz e a banda Filhos D'Aldeia. Maiores informações na postagem da ultima sexta feira ou pelo tel:

FERNANDO OTZ
(22) 8138-5789
(21) 8299-5323
(22)2668-2642


Dia 10/02 acontecerá um novo encontro da comunidade nordestina na esquina da Professor Otacílio com Duque Estrada, em Santa Rosa, Niterói. Você não pode perder.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

CONTATOS: ALDEIA VELHA

Para quem deseja conhecer Aldeia Velha é só pegar a BR e se informar perto de Silva Jardim. É uma bela comunidade. O convivio com a natureza e a paz são marcantes. Fernando Otz morador do lugar e músico integrante da banda de forró Filhos D'Aldeia é o nosso contato de hoje.


FERNANDO OTZ:


Beira Rio e Fernando Otz apresenta:

02/02 FILHOS D'ALDEIA
03/02 FILHOS D'ALDEIA NA PISADA ( Forró/Samba )
04/02 FILHOS D'ALDEIA

Produções :
FERNANDO OTZ

(22) 8138-5789
(21) 8299-5323
(22)2668-2642

INGRESSOS ANTECIPADOS NA ART D'ALDEIA

Mulheres s/ flyer R$ 8,00
Mulheres c/ flyer R$ 5,00
Homens s/ flyer R$ 10,00
Homens c/flyer R$ 7,00

01/02/08 Filhos D'Aldeia - Na beira Rio em Aldeia Velha.
02/02/08 Filhos D'Aldeia - Na beira Rio em Aldeia Velha.
03/02/08 Filhos D'Aldeia - Na beira Rio em Aldeia Velha.
06/02/08 Filhos D'Aldeia- no Flagra Pub, em Rio das Ostras.