POR: FABIO DA SILVA BARBOSA
LUIZ HENRIQUE PEIXOTO CALDAS
COMUNIDADES SE UNEM A UMA MESMA ASSOCIAÇÃO BUSCANDO MAIOR VISIBILIDADE
A rua Martins Torres, em Santa Rosa, Niterói é muito conhecida por abrigar o Hospital da Polícia Militar, a garagem da companhia de ônibus Viação Araçatuba e uma conhecida fábrica de tortas, a Real Tortas. Mas o que pouca gente sabe é que ali, no n° 488 fundos, fica a AMAMTA (Associação de Moradores e Amigos da Martins Torres e Adjacências). Uma Associação que se diferencia por não cuidar apenas dali, mas de todas as ruas começando na Professor Otacílio e se estendendo até o final da Martins Torres. São 33 ruas, incluindo morros, vilas e travessas.
A associação foi fundada no dia primeiro de junho de 1991, com a idéia de unir forças para conseguir maior expressão para seus pedidos e necessidades. Atualmente conta com Valadares na presidência, eleito em 20 de Fevereiro de 2005 e com 102 associados, que colaboram com valores a partir de R$ 1,00. Essa contribuição paga o aluguel de R$200 da sede.
Um jornal que levará o nome da Associação está sendo projetado pelo presidente junto ao jornalista Jardel, que mora no lugar. As próximas eleições serão em Março de 2006 e o jornal ajudará a liderança comunitária levar a público as obras feitas durante sua gestão e a prestação de contas.
-Lixo
Em frente ao bar Bebel, depois da garagem da Viação Araçatuba, o problema se agrava. Os galões colocados não dão conta de todo o lixo jogado e fica cercado por bolsas com detritos domésticos. Mas os moradores reconhecem que muitos não colaboram. Wagner, Tiago, Ana e Henrique dizem que é fácil observar carros passando e atirando sacos de lixo. O saco na maioria das vezes não acerta o galão, caindo na rua ou no rio que passa por trás. Resultado; detritos espalhados pelas ruas, proliferação acelerada de ratos e vários insetos.
Alguns moradores colaboram na limpeza da rua
-Pavimentação
Mais adiante a rua está intrafegável. Tem uma Kombi parada a 4 anos porque o dono não tem como tira-la dali. “Só se passa de bicicleta ou a pé. Carro não tem como. Se alguém passar mal, a ambulância não consegue chegar.” Desabafou o morador Antonio Carvalho.Durante a construção do Condomínio Residencial Santa Rosa, na Rua Dr. Martins Torres n°606, a construtora iria ceder o barro retirado na obra e dar a mão de obra para manilhar a rua, o que diminuiria a erosão que a desgastou, mas segundo nos foi informado pelos moradores a prefeitura achou que a parte do material que lhe caberia iria ficar cara, não se interessando pela obra.
Dobrando a esquerda chegamos a rua Dr. Constantino Nami Kalil, onde os moradores se dispõem a melhorar a rua através de mutirões, mas não tem dinheiro para compra de material ou assistência de profissionais qualificados para orientá-los na pavimentação.
Na foto: Rua Dr. Constantino Nami
Kalil
Antes de fecharmos essa edição Valadares nos ligou passando a informação que através do vereador Professor Luciano, a quem ele se refere como alguém que sempre ajudou a associação, conseguiram cento e vinte metros de tubulação para esgoto de cento e cinqüenta milímetros para resolver o problema através de mutirões. Estivemos lá depois e as obras ainda não haviam começado, assim como os moradores ainda não sabiam da informação.