segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Amigos da Martins Torres

COMUNIDADE
POR: FABIO DA SILVA BARBOSA
LUIZ HENRIQUE PEIXOTO CALDAS

COMUNIDADES SE UNEM A UMA MESMA ASSOCIAÇÃO BUSCANDO MAIOR VISIBILIDADE

A rua Martins Torres, em Santa Rosa, Niterói é muito conhecida por abrigar o Hospital da Polícia Militar, a garagem da companhia de ônibus Viação Araçatuba e uma conhecida fábrica de tortas, a Real Tortas. Mas o que pouca gente sabe é que ali, no n° 488 fundos, fica a AMAMTA (Associação de Moradores e Amigos da Martins Torres e Adjacências). Uma Associação que se diferencia por não cuidar apenas dali, mas de todas as ruas começando na Professor Otacílio e se estendendo até o final da Martins Torres. São 33 ruas, incluindo morros, vilas e travessas.
A associação foi fundada no dia primeiro de junho de 1991, com a idéia de unir forças para conseguir maior expressão para seus pedidos e necessidades. Atualmente conta com Valadares na presidência, eleito em 20 de Fevereiro de 2005 e com 102 associados, que colaboram com valores a partir de R$ 1,00. Essa contribuição paga o aluguel de R$200 da sede.
Um jornal que levará o nome da Associação está sendo projetado pelo presidente junto ao jornalista Jardel, que mora no lugar. As próximas eleições serão em Março de 2006 e o jornal ajudará a liderança comunitária levar a público as obras feitas durante sua gestão e a prestação de contas.
Falta pavimentação no lugar.

-Lixo

Para cobrir toda essa área o presidente nos disse que são apenas dois garis. “Eles trabalham direitinho, mas é muito pouco para toda a localidade. Eles têm de dar conta não só da rua principal, mas dos morros e travessas. É muito trabalho. Depois que acabaram com o Gari Comunitário, todas as comunidades ficaram com a limpeza um pouco prejudicada”. O problema já foi comunicado a prefeitura, mas até agora não receberam resposta.
Em frente ao bar Bebel, depois da garagem da Viação Araçatuba, o problema se agrava. Os galões colocados não dão conta de todo o lixo jogado e fica cercado por bolsas com detritos domésticos. Mas os moradores reconhecem que muitos não colaboram. Wagner, Tiago, Ana e Henrique dizem que é fácil observar carros passando e atirando sacos de lixo. O saco na maioria das vezes não acerta o galão, caindo na rua ou no rio que passa por trás. Resultado; detritos espalhados pelas ruas, proliferação acelerada de ratos e vários insetos.

Alguns moradores colaboram na limpeza da rua

-Pavimentação

Mais adiante a rua está intrafegável. Tem uma Kombi parada a 4 anos porque o dono não tem como tira-la dali. “Só se passa de bicicleta ou a pé. Carro não tem como. Se alguém passar mal, a ambulância não consegue chegar.” Desabafou o morador Antonio Carvalho.
Durante a construção do Condomínio Residencial Santa Rosa, na Rua Dr. Martins Torres n°606, a construtora iria ceder o barro retirado na obra e dar a mão de obra para manilhar a rua, o que diminuiria a erosão que a desgastou, mas segundo nos foi informado pelos moradores a prefeitura achou que a parte do material que lhe caberia iria ficar cara, não se interessando pela obra.
Dobrando a esquerda chegamos a rua Dr. Constantino Nami Kalil, onde os moradores se dispõem a melhorar a rua através de mutirões, mas não tem dinheiro para compra de material ou assistência de profissionais qualificados para orientá-los na pavimentação.

Na foto: Rua Dr. Constantino Nami
Kalil

- Água e esgoto

Nesse mesmo lugar, outro morador Antonio Luiz nos informou que água não chega com facilidade, cada morador tem de por sua bomba. Outro problema levantado é o esgoto do Condomínio Residencial Santa Rosa sendo lançado em um rio que passa na beira da rua. Isso somado ao mato alto no lugar atrai mosquitos, entre outros animais. Já houve relato até de cobra encontrada no lugar. “Tem tanto rato que eles já estão até brigando.” Mostrou Antonio de Carvalho.
Antes de fecharmos essa edição Valadares nos ligou passando a informação que através do vereador Professor Luciano, a quem ele se refere como alguém que sempre ajudou a associação, conseguiram cento e vinte metros de tubulação para esgoto de cento e cinqüenta milímetros para resolver o problema através de mutirões. Estivemos lá depois e as obras ainda não haviam começado, assim como os moradores ainda não sabiam da informação.



Na foto: Os moradores Antonio luiz e Antonio Carvalho
em frente ao condomínio Santa rosa.