quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Amigos da Martins Torres - ENTREVISTA

Entrevista com o ex vice-presidente da AMANTA

POR: FABIO DA SILVA BARBOSA

& LUIZ HENRIQUE PEIXOTO CALDAS

Atualmente a AMANTA está sem vice-presidente. Mas conseguimos uma entrevista exclusiva com Paulo César Araújo da Silva, conhecido como Paulo bolacha, que ocupou durante algum tempo esse cargo. Paulo é ex-diretor do Colégio Guilherme Brigues, coordenador de nutrição do estado no município de Niterói. Professor e perito criminal do estado a 33 anos, exerce ainda a função de sub chefe da polícia técnica em São Gonçalo. Pós graduado em criminalística forense com cursos diversos de Evidência em Locais de Crimes realizados no Brasil e no exterior ( Carolina do Norte, Atlanta e Miami nos EUA). Nos encontramos em Niterói quando chegava de um congresso internacional de criminalística realizado em Salvador na Bahia.

Comunidade: Por que você resolveu assumir o cargo de vice-presidente?

Paulo: Sempre tive dois objetivos em mente, denunciar e ajudar. Fui convidado pelo presidente Valadares a ser seu vice e achei uma boa oportunidade para denunciar o que havia de errado no lugar e ajudar no que fosse possível a quem precisasse. Durante o tempo que estive na associação procuramos a prefeitura para cobrar várias obras que estavam se arrastando a 30 anos. Através do engenheiro da EMUSA (Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento) Dr. Ney, junto com a Águas de Niterói fizemos uma galeria suspensa e um coletor de esgoto na Vila Antonio Fernandes. Foi feito uma reportagem no RJ TV a pedido de uma moradora e a EMUSA veio fazer outras obras e cedeu material para obras que acabaram por não serem feitas.

Comunidade: E por que saiu?

Paulo: Por motivos pessoais e ideológicos.

Comunidade: Agora, que você pediu seu afastamento da associação, qual caminho para continuar ajudando essas pessoas?

Paulo: Hoje estou filiado ao PPS e dependendo do entendimento com o presidente do partido virei como candidato a vereador por Niterói. Sempre acreditei que ao invés de me mover por interesses pessoais apoiando pessoas de fora que não conhecem nossos problemas reais deveríamos eleger um vereador dali de dentro.

Comunidade: Até certo ponto a Rua Martins Torres está pavimentada, mas quando chega no final, uma série de problemas, não só com a pavimentação, podem ser observados. Por que?

Paulo: Essa parte da rua já teve a manutenção solicitada dês do governo Jorge Roberto Silveira. O engenheiro que veio na época disse que a reclamação não procedia e nada foi feito. Solicitei outro engenheiro e me mandaram um que lembro até hoje o nome dele. Lincom. Depois que fez a vistoria me informaram via telefone que a obra era cara. Agora obra cara em lugar de rico eles fazem, como fizeram no acesso da região oceânica quando caiu a ponte da estrada velha. A erosão fez com que ela chegasse no ponto em que chegou hoje. Já caíram dois carros ali. Moram famílias que pagam impostos naquele lugar e quando precisarem de algum tipo de socorro como ambulância e carro de bombeiro fatalmente não vão ter. Nem o carro da CLIN que ia até lá consegue chegar. A rua literalmente falando acabou. Estão pondo em risco a segurança e a saúde das pessoas.

Comunidade: Hoje você não mora mais na Martins Torres?

Paulo: Meu afastamento é só predial. Tenho 43 anos de convívio no lugar, laços familiares... Seria impossível me afastar fisicamente da Martins Torres. Pelo menos uma vez por semana tenho que visitar.