segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Contribuição do camarada Winter

Recebemos um e-mail de nosso camarada Winter Bastos, solidário a famílias que querem fazer parte de uma comunidade, ter onde morar e trilhar um caminho rumo a seus direitos mais básicos. Achamos bem apropriado fechar nosso primeiro ano de trabalho com essa mensagem, torcendo que as pessoas pensem menos em si e comecem um novo ano dispostos a construir um mundo mais justo, onde as oportunidades sejam realmente iguais para todos.

OCUPAÇÃO 18 DE NOVEMBRO (RJ)‏

De:
Winter Bastos (winterbastos@ig.com.br)
Enviada:
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007 12:15:21
Para:
comunidadeeditoria@yahoo.com.br

Em meio ao rito de passagem do reveillon e do "ano novo", diversas famílias continuam ocupando ordeiramente um conjunto de casas na Rua Araújo Lima, no bairro de Vila Isabel nº 183(referências, perto do supermercado Boulevard e da rua teodoro da silva). A ocupação está necessitando acima de tudo de solidariedade de todos e todas os que acreditam na função justa e social da reapropriação dos espaços urbanos abandonados, mas também produtos de limpeza, alimentação e água potável são bem vindos. Segue o texto do Panfleto Distribuído aos vizinhos da ocupação

Ter um teto é o direito básico do ser humano! O sexto artigo da constituição federal, instância máxima da lei é claro: todo cidadão tem direito a uma moradia! Mas na prática isto não acontece! Imóveis abandonados, servem a empresários gananciosos e especuladores acumularem pequenas fortunas, enquanto o povo pobre é esmagado ou com o aluguel ou obrigado a viver em locais impróprios para moradia!
Quem nós somos?
Somos camelôs, donas de casa, desempregados, enfim trabalhadores e trabalhadoras sem-teto que não desejam nada mais do que dar uma FUNÇÃO SOCIAL a este imóvel abandonado. Dar função social, significa conservá-lo, repará-lo, limpá-lo e deixá-lo próprio para a moradia de nós e nossos filhos! Não queremos especular, vender ou alugar nada, nossa luta é por ter uma moradia digna e decente!
O que queremos?
O governo trata o problema da moradia como se fosse um crime. Primeiro que nós não invadimos nada, são eles que invadem nossas vidas com o desemprego, com a falta de segurança, com a miséria e com a política corrupta que financia as desigualdades sociais! Ocupamos sim! Mas para garantir um direito que a lei em tese permite, mas os governos com seus conchavos e suas maracutaias apenas privilegiam quem tem o poder financeiro!!! Queremos um lugar sadio, limpo e pacífico para nós e nossos filhos viverem; não queremos ser amontoados como animais em moradias precárias! A nossa mensagem é por fazer valer a vida humana, que deve ser muito mais valorizada do que o dinheiro e a especulação imobiliária! Por isso contamos com a sua ajuda para que a humanidade e a justiça triunfem sobre a ganância e o poder!!!

domingo, 30 de dezembro de 2007

Dona Otávia

Um nome sempre lembrado na Grota é o de Dona Otávia, que muito ajudou a todos. No início ela atuava no reforço escolar, ensinava crianças a lidar com horta e bordado. Mais tarde solicitou a seu filho Marcio que desse aulas de flauta. Aí começa a história das famosas aulas de música no lugar. Em 95, com 6 alunos, nasceu a orquestra de cordas da Grota. Atualmente a casa dos sonhos de Dona Otávia conta com mais de duzentos alunos, participando de diversas atividades, como aulas de música (flauta, violino, coral, cavaquinho, violão cello, baixo...), a orquestra de cordas e o pré-vestibular.

Rafael e Bira mostram o resultado do trabalho de Dona Otávia

Rafael e Bira, ambos ex-alunos, demonstraram alegria ao nos expor a trajetória da saudosa Dona Otávia e de sua escola, que se confunde com suas próprias vidas. Rafael está dando aulas de música enquanto Bira participa do grupo “Negros e Vozes”, que ensaia todos os domingos a sete anos com o seu estilo coral-capela.
Jonas é outro nome de peso, ex interno da Funabem tem uma oficina de violino que funciona de segunda a sexta, trabalhando nos instrumentos e passando seus ensinamentos.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

GROTA-3° PARTE

Um compositor na comunidade

Helber Ferreira da Costa de 43 anos , dos quais 10 dedicados a compor músicas, a 20 toca na Barra e está lançando seu primeiro CD que terá convidados e uma música em homenagem a Leandro, da dupla Leandro e Leonardo.
Nascido em Nova Iguaçu, veio com 9 anos para a Grota de onde nunca pretende sair. Em meio ao pagode do dia 07/10 na quadra da escola de samba local conversamos um pouco sobre sua vida e carreira.

Comunidade: Fale sobre sua história.

Helber: No início eu jogava futebol, inclusive em times profissionais como meio de campo. Joguei 3 anos no Bota Fogo, depois fui para o Americano de Campos e por fim fui para Portugal jogar no Famalicaõ durante 1 ano. Mas larguei tudo para tocar na noite, lá mesmo. Voltei e continuei meu trabalho por aqui.

Comunidade: O que falta para os artistas de Niterói?

Helber: Os políticos deviam dar mais apoio aos artistas, porque aqui só tem fera da música. Estão pagando muito mal.

Comunidade: E na comunidade?

Helber: Falando especificamente dos artistas falta um palco melhor e camarim na quadra. Tudo se resume em apoio. Falta mais apoio.

Comunidade: Agora para acabar você tem total liberdade de expressão. Fale o que quiser.

Helber: Posso falar?

Comunidade: Claro. Estamos aqui para isso.

Helber: Então vou falar do nosso ministro da cultura. Eu acho que o ministro Gilberto Gil não faz nada. Ele tinha que ajudar sua classe. A Ordem dos Músicos não funciona, o Ecade muito menos.

contatos

Recebemos uma mensagem do João em nosso orkut que esta na luta pela valorização do Hip Hop nacional e pela união dos que divulgam essa cultura. repassamos essa mensagem no nosso Blog visando divulgar essa comunidade, que pelo que nos foi passado tem muito a acrescentar enquanto ponto de encontro e divulgação.

assunto: orkut - ¨*¨JoaB o JB¨*¨ ..Avante ..."O cOlEtIvO"... convidou você para participar de uma comunidade: ((AVANTE o coletivo)) oficial
de: ¨*¨JoaB o JB¨*¨ ..Avante ..."O cOlEtIvO"...
para: Amigos de ¨*¨JoaB o JB¨*¨
enviado: 27 de dezembro de 2007 12:42
¨*¨JoaB o JB¨*¨ ..Avante ..."O cOlEtIvO"... convidou você para participar da comunidade '((AVANTE o coletivo)) oficial'.Para visualizar a página da comunidade '((AVANTE o coletivo)) oficial', acesse: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=27683053

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

CONTINUAÇÃO - MATÉRIA GROTA

Pagode aos domingosSHOW DO BATUQUE MOLEQUE NA GROTA
As 20:00 começa um pagode super familiar na quadra do Bem Amado na Grota com participação de vários grupos como é o caso da revelação “Batuque Moleque” integrado por Rafael, Diego, Daniel, Fabiano, Guto, Sandrinho e Tiago.
O pagode é quando se reune toda comunidade, sendo usado por isso pelo presidente como o momento de passar informes dos últimos acontecimentos, do dia do recadastramento das famílias que recebem cestas básicas... Nesse momento também se agradece ao comércio local, aonde a associação vem buscando apoio e doações.
Clique aqui e veja essa matéria do Fazendo Media
O intercambio de informação entre comunidades é necessário para se precaver
A próxima casa pode ser a sua
http://www.fazendomedia.com/novas/politica040807.htm

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007





Nova liderança chega trazendo mudanças.
Grota cria perspectivas de melhoras.

COMUNIDADE
Por: Fabio da Silva Barbosa
Luiz Henrique Peixoto Caldas



Mauro e Roberto Carlos,


vontade de construir


uma comunidade melhor


O novo presidente da Grota Mauro Francisco Correa, há menos de 1 anono cargo e com a ajuda do vice Roberto Carlos tem mostrado que a realidade pode ser melhor do que vem se mostrando. Com 47 anos, o novo líder comunitário vive na localidade dês de que nasceu.
A quadra do Bloco Recreativo Escola de Samba Bem Amado parada há quinze anos está sendo revitalizada e a escola está indo de vento em poupa, com eventos realizados pelos próprios moradores e fazendo planos para um carnaval inesquecível. Aulas de capoeira, Taekwondo, futsall e futuramente ginástica para idosos colorem a vida de pessoas que não tinham acesso a qualquer tipo de atividade. Estão sendo feitos contatos para trazer aulas de informática e montar a sede da Associação de Moradores, pois como ele próprio afirmou só com esporte e educação as coisas podem melhorar. Mauro nos mostrou que espaço existe, só faltam os recursos financeiros. A moradora Lurdinha da Grota que vem colaborando com a nova diretoria explica que a intenção é manter o jovem e o adulto dentro da comunidade, longe da violência, inclusive promovendo atos religiosos, como cultos e missas na quadra.
Muitas obras emergenciais estão preocupando a presidência da associação. Vários ofícios já foram encaminhados, mas nenhum atendido até o momento. “São todas obras de emergência, não estamos pedindo nada que possa ficar para depois.” Os processos que já estão tramitando, aguardando resposta são os 510/100347/2007, 510/100401/2007, 510/100394/2007, 510/100397/2007 e 510/100395/2007.

GROTA

Está sendo aguardada a liberação de uma verba para iniciarem obras que serão feitas pela prefeitura junto ao governo federal. Essa verba, segundo foi informado ao representante da associação será de dois milhões e duzentos, dos quais um milhão e quinhentos virá do governo federal e o restante do município. Essa verba será utilizada na creche além de ajudar na revitalização da quadra e do campo, onde está acontecendo um campeonato organizado por Samuel. A verba resolverá também o problema das treze casas perdidas em junho de 2006, durante uma enxurrada e o caos vivido na pavimentação e principalmente do saneamento que vem trazendo inúmeras doenças às crianças.

Saneamento já

O ESGOTO QUE DESCE POR TODO LUGAR DESEMBOCA NA RUA PRINCIPAL

Na rua dois, atual Ruti de Oliveira o esgoto está estourado e em certas localidades passando pelo meio da rua. O percurso dos dejetos ainda inclui quintais e em alguns lugares passa por debaixo das residências e em suas portas. Uma moradora que não quis se identificar relatou que “temos vários casos de hepatite, o esgoto está correndo a céu aberto. Tem cada rato tão grande que daqui a pouco o pessoal vai comer pensando que é gambá”. Outra pediu que fotografássemos o esgoto que passa pela sua casa e disse que á trinta e quatro anos mora ali e durante todo esse tempo a situação continua igual. “Estamos pedindo por isso há anos. Esperávamos Maurinho conseguir entrar na associação para resolver esse problema.” Na rua principal o esgoto é lançado em um imenso valão descoberto. Ainda existe o entupimento que já foi solicitado manutenção há meses atrás.
“O esgoto está entrando no solo, minando tudo. Estamos correndo risco de desabamento”, desabafou o Presidente.
Com esse problema vem a proliferação de baratas, mosquitos (incluindo o da dengue) e os ratos que podem ser vistos por toda parte. Tem apenas 2 funcionários fazendo o serviço da Sucam.

O ESGOTO PASSA POR RUAS, CASAS E QUINTAIS


O lixo também chama a atenção

Algumas esferas do governo foram elogiadas, como o Dip (Departamento de Iluminação Pública), o Médico de Família, Águas de Niterói e a Clin, principalmente seu presidente Vitor Junior pela atenção prestada, mas ainda sim pudemos constatar acúmulo de lixo em alguns pontos. A nova presidência está fazendo um trabalho de conscientização da população no sentido de não jogarem lixo em locais inadequados, mais caçambas ajudariam nesse trabalho.

O PRESIDENTE MOSTRA O QUE SOBROU DA NASCENTE DE ÁGUAS CRISTALINAS

No alto do morro existe um lugar que já foi um verdadeiro paraíso. A pedra do lago. Tanto Mauro, quanto Roberto Carlos tiveram boas lembranças de lá. Já mergulharam muito no lago formado pela nascente que brotava ali, no meio das pedras, antes de se tornar uma pilha de lixo. O lago acabou e a nascente brota agora na casa do vizinho, só o que restou foi à vista privilegiada de cima da pedra.

DE CIMA DA PEDRA PODE-SE APRECIAR A VISTA COM TRANQUILIDADE E CONTATO COM A NATUREZA

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

EMPATE

O QUE FALTA PARA MODERNIZAR O "ATERRO SANITÁRIO" DO MORRO DO CÉU?

MAIOR INTERESSE DAS AUTORIDADES COMPETENTES PELO PROBLEMA.
4 VOTOS-44%

UM PROJETO QUE POSSA SUPRIR TODAS AS NECESSIDADES DO LUGAR.
1 VOTO-11%

VERBA E INVESTIMENTOS. 4 VOTOS -44%

O ATERRO JA FUNCIONA DA MELHOR FORMA QUE EXISTE.
0 VOTOS -0%

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

INDIFERENÇA OU AQUI NÃO EXISTE NATAL

Texto: Fabio da Silva Barbosa
Foto: Luiz Henrique Caldas

Mais uma cena rotineira da cidade grande

Um homem depois de muito cambalear pelo centro de Niterói caiu perto de uma rampa para deficientes físicos. Ficou por ali a falar com o céu, até que adormeceu. Qual o seu nome? Não perguntei. Mas também ninguém perguntou. Foi apenas mais uma cena rotineira na cidade grande. Nada de mais.

domingo, 23 de dezembro de 2007

CORREDOR VIÁRIO

Marielson e Dejair, Tesoureiro e Presidente do Morro do Céu usando nossa camisa. Jorge Luiz, Diretor da Fanit, no meio de camisa vermelha.

Apesar da opinião pública estar dividida sobre o corredor viário da Alameda no Fonseca, importantes membros das lideranças comunitárias de Niterói já marcam sua posição. Estivemos no relóigio em frente ao Horto no mesmo bairro, símbolo e referência para os que acreditam que a obra não será mais um problema para o trânsito de Niterói e conversamos com algumas dessas lideranças.

Conversa com Dejair, Presidente da Associação de moradores do Morro do Céu.

COMUNIDADE: O que será o Corredor Viário construído aqui?

DEJAIR: Eles vão dividir a pista, vão organizar. Os ônibus passarão por suas pistas enquanto os carros terão as suas. O sistema de ponto de ônibus também mudará. Vai ser igual a algumas cidades do sul do país. Esses sistemas deram certo lá. O transito da Alameda está caótico.

Comunidade: E de que forma isso será positivo para a comunidade que você representa?

DEJAIR: O Morro do Céu apóia a idéia porque vai desafogar a Alameda favorecendo não só a nossa comunidade que precisa de se deslocar para o trabalho e outros compromissos utilizando o transporte coletivo que muitas vezes proporciona atrasos e outros prejuízos pessoais, mas irá favorecer a todas as comunidades de Niterói e São Gonçalo.

Conversa com Jorge Luiz Rodrigues, Diretor da Fanit

Comunidade: Oque a Fanit acha do projeto?

JORGE LUIZ: Estamos torcendo para que dê tudo certo. Do jeito que está é que não pode ficar. Além das melhorias no trânsito ainda vai haver mais empregos. Serão geradas 210 novas vagas de emprego. Ali em frente do Marajoara é que eu acho que vai complicar. Eles vão ter que estudar direitinho aquele problema, se não... não vai dar certo.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

A COMUNIDADE VEGETARIANA MANDA SEU RECADO:

O Núcleo de Alimentação e Saúde Germinal convida todos os amigos e futuros amigos para mais uma atividade no Espaço Ay Carmela, no dia 23 de dezembro, domingo.

Trata-se do VIII Almoço Vegetariano Dançante, no qual pretendemos desta vez, prestar uma homenagem ao pensador austríaco Ivan Ilich.

Com um pensamento político aguçado, Ilich discutiu como inúmeras formas de exclusão social, vários instrumentos de dominação e alienação política encontram-se praticamente intocáveis dentro da sociedade por desfrutarem de uma falsa idoneidade. Dentre eles e principalmente a escola e a alta tecnologia.

Dentre as suas principais obras encontram-se: A Sociedade desescolarizada, Ferramentas para a convivialidade e Energia e equidade.

O cardápio não será baseado numa culinária regional, inspirado por Ivan Ilich preferimos deixar a escolho dos pratos livre, suscetível aos nossos humores e desfrutando, por exemplo, do desafio de fazer ficar junto aquilo que o senso comum muitas vezes diz para ficar separado, ou vice versa!

A proposta é a mesma: Um encontro e não um serviço, ou seja, convidamos vocês para construir o almoço conosco, atentos aos desafios que surgem dentro de uma proposta social que leva em consideração a ética, o apoio mútuo, a auto-gestão e a ação direta.

Nossa agenda também será praticamente a mesma, como pode ser observado abaixo:

12:00
Exibição de um documentário pelo coletivo pró-universidade popular
13:00
Apresentação dos alimentos e bom apetite!!!
15:00/16:00
Tempo para a lavagem coletiva dos pratos através da técnica das três bacias e organização da compostagem para os resíduos alimentares.
16:00
Roda de convivência para realizarmos um balanço coletivo do almoço, apresentação da proposta do Germinal e de outros grupos presentes (previamente inscritos para falar).
17:00
Encerramento

Os convido também a contribuir com R$ 5,00, que servirá para cobrir os custos do almoço, e também para gerar infra-estrutura para os próximos eventos!

O telefone para CONTATO é 9117 6993 ou 25207101.
O endereço é: Centro de Cultura Social - - Rua Torres Homem, número 790, Vila Isabel (próximo à praça Barão de Drummond e ao último ponto da 28 de Setembro)!!!

Sejam bem vindos!

ATERRO SANITÁRIO X LIXÃO

Na matéria sobre o Morro do Céu foi falado sobre o aterro sanitário existente no lugar que em muitos momentos foi visto como lixão. Mas você sabe qual a diferença entre aterro sanitário e lixão?
Retiramos a resposta do site saúde na Internet. http://www.saudenainternet.com.br/

"Segundo a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (CETESB), aterro sanitário é o processo de disposição final de resíduos sólidos, principalmente do lixo domiciliar, baseado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas. Estas normas e critérios permitem a confinação segura do lixo, em termos de controle da poluição ambiental e proteção ao meio ambiente.Ao contrário do aterro sanitário, os lixões não atendem nenhuma norma de controle. O lixo é disposto de qualquer maneira e sem nenhum tratamento, o que acaba causando inúmeros problemas ambientais. O lixo a céu aberto atrai ratos que têm a sua capacidade reprodutiva aumentada devido a disponibilidade abundante de alimentos. Esses animais são transmissores de inúmeras doenças, tais como raiva, meningite, leptospirose e peste bubônica. Outro sério problema causado pelos lixões é a contaminação do solo e do lençol freático, caso exista um no local, pela ação do chorume, líquido de cor negra característico de matéria orgânica em decomposição. Além disto, estes lugares dão acesso para as pessoas carentes que acabam contraindo várias doenças. Com total omissão social e desrespeito ao ser humano, essas pessoas buscam nos lixões um meio de sobrevivência, ou alimentando-se, ou vendendo entulhos.Se na sua cidade existe um lixão exija do governo providências imediatas para a solução do problema. Os lixões ferem as normas de Saúde Pública e poluem o meio ambiente. Lembre-se que nós contribuímos com impostos e que é nosso direito ter a nossa saúde assegurada!"
Como vimos o que existe no Morro do Céu é algo que fica entre os dois (pendendo mais para o lixão, embora seja coberto por saibro, compactado... e tudo mais que você acompanhou em nossa matéria) por isso usamos ambas as denominações.
Por falar nisso você ja respondeu nossa enquete? Afinal por que o lixo ainda recebe um tratamento tão ineficiente como vem recebendo?

CONTATOS

Sempre estabelecemos interessantes contatos via Internet, mas gostaríamos de divulgar o trabalho desse companheiro que está fazendo sua parte em recife e que fez uma visita ontem a nosso pro file do orkut. Reproduzimos abaixo sua mensagem, que contem o endereço de seu blog e da sua comunidade. Visite, Leia, estude, pense. Somente deixando a apatia de lado conseguiremos construir um mundo melhor. Parabéns, Azul de Barros e força sempre.

Azul de Barros:

Oi!! Tudo bem.. dei uma olhada no Blog! Achei super legal o trabalho de vcs!! Sou Azul de Barros e tb participo de um movimento! O Coletivo Regraf aqui de RecifeDa uma olhada nas propostas:

http://www.regraf.blogspot.com/http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=16765880

abração!!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007


Entrevista com Edith Thompson Homem de Mello

POR: FABIO DA SILVA BARBOSA

LUIZ HENRIQUE PEIXOTO CALDAS

Comunidade: Como está atualmente o seu trabalho?


Edith: Depois da reforma nossa nova casa ficou ótima. Estamos atendendo a 65 meninos e meninas e acredito que até dezembro o número chegará a 80. Já nos programamos para atendê-los durante as férias. Aqui eles se alimentam, tomam banho, escovam os dentes e tem reforço escolar. Recebem tudo que uma criança precisa. Ah, o dentista volta e meia vem aqui fazer visitas.


Comunidade: E as famílias? Recebem algum tipo de ajuda?


Edith: Claro. Ajudamos em tudo que podemos. Já ajudamos até em enterro.


Comunidade: Como vocês trabalham com as doações?


Edith: Repassamos as doações as famílias mais necessitadas. Tem algumas pessoas, que chamo de bons amigos, fazendo doações fixas. Já recebemos até eletrodomésticos. Além deles ainda tem os que doam através do serviço de telemarket que organizamos, onde alguns voluntários ligam e pedem alguma contribuição para o nosso trabalho.


Comunidade: E a horta?


Edith: Pois é, resolvi mostrar as crianças como plantar. Elas mesmas cuidam da horta. No momento temos mostarda, alface, couve, tomate, banana, graviola e acerola.


Comunidade: E o que é mais difícil no trato com as crianças?


Edith: Manter o limite. Mesmo me respeitando elas sabem que aqui não vão apanhar. Então querem aproveitar para fazer de tudo. Aí às vezes complica. Mas eu sei como contornar isso e mostrar a elas a importância desse limite. Afinal é o início da cidadania.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Resultado da enquete

QUAL A PRINCIPAL CAUSA DA DESIGUALDADE SOCIAL?

A corrupção cada vez mais frequente.
3 votos - 42%

Ela é necessária para o funcionamento do sistema em que vivemos, então o mesmo cuida para que ela sempre exista.
2 votos - 28%

As diferenças naturais entre cada ser humano determina sua capacidade de subir na escala social.
0 votos - 0%

A indiferença dos que fazem parte da elite por acreditar que não tem nada com isso.
1 voto - 14%

O comodismo das massas.
1 voto - 14%
Edith e os Girassóis

TEXTO E FOTOS: FABIO DA SILVA BARBOSA

LUIZ HENRIQUE CALDAS PEIXOTO

DONA EDITH E AS CRIANÇAS NO SEU TRABALHO ATUAL

Edith Thompson Homem de Mello sem duvida é uma daquelas pessoas que tem coisas para contar. Foi a primeira presidente da Federação das Associações de moradores de Niterói – Bairros e Favelas e virou o principal personagem do livro chamado “O Silencio de Girassóis” de Bruno Cattoni, lançado esse ano.
Nascida no Espírito Santo ficou viúva há 32 anos. Já com os filhos crescidos veio para Niterói, morar no Viçoso Jardim. Não sabendo da existência do aterro sanitário que havia no lugar naquela época, se mudou para uma bela casa da localidade. Depois ao fazer a descoberta ficou descontente, até ter a visão que iria mudar sua vida. Crianças disputando um pedaço de carne com urubus. Todas as viagens que tinha feito na época em que trabalhou com turismo, nunca lhe proporcionaram isso.
Ela se juntou aos moradores do Viçoso que eram favoráveis a retirada do lixão, começando um trabalho de conscientização da comunidade. Se identificou com a luta. “Fazíamos panfletagens e reuniões o tempo todo e ninguém se cansava. O que nos dava força era ver aquilo. Aquelas mulheres magras garimpando comida.” A campanha ganhou força e marcaram hora para a entrada do ultimo caminhão de lixo no lugar.
A questão ecológica já começava a ganhar força e se falou em uma usina de tratamento ultra moderna que seria instalada em São Gonçalo. Mas quando ela percebeu, haviam comprado um terreno no Morro do Céu e trazido o lixão para lá. Houve verdadeiras batalhas impedindo a simples transferência do problema de endereço. Por fim foram vencidos. Alguns moradores permitiram a entrada do lixo em troca de melhorias no lugar.
Algum tempo depois do Lixão acomodado em sua nova “casa” Edith foi convidada pelo engenheiro, ex-vice-prefeito de Niterói, fundador e ex-presidente da CLIN, ex-secretário municipal e ex-vereador Luiz Eduardo Travassos do Carmo a ser mãe crecheira no Morro do Céu, pois havia muitas crianças em situação precária no lugar e ela propôs

A HORTA QUE DONA

EDITH USA DE FORMA

TERAPEUTICA COM AS CRIANÇAS

a construção de uma creche. Após muitas visitas ao aterro Travassos montou a creche. Arranjaram uma casa com um preço simbólico e iniciaram a reforma.
O passo seguinte foi convencer aos pais a deixarem seus filhos freqüentar a creche. Muitos agiram com desconfiança. A primeira mãe que aderiu ao projeto tinha 14 anos. O neném, com menos de 1 ano não tinha pestanas, pois as moscas já tinham comido. O cantinho da boca também estava roído, pois elas comiam os resíduos de leite que juntavam ali. O primeiro berçário foi feito inspirado nessa criança.
Depois começaram a chegar às outras crianças. Alguns bebês se apresentavam vestindo uma perna de calça jeans como fralda. Logo eram 70 crianças. A casa ficou pequena e tiveram de se mudar para uma segunda creche. Nesta o berçário ficou enorme e começaram a trabalhar também como lar alternativo, onde as crianças passavam todo o dia e tinham todos os cuidados que os pais não podiam dar. Era o único trabalho social desenvolvido para os catadores na época. O projeto já se chamava “Lar Alternativo e Creche Girassóis”. Como era posse e não se pagava nada, foram despejados e a casa demolida.
Nisso chegou uma verba de Brasília de R$ 200.000,00 e se iniciou o programa “Criança na Creche” do ex-prefeito João Sampaio. Fizeram parceria com a Secretaria de Educação que mantinha 35 funcionários e dava merenda. Eram atendidas 217 crianças no novo prédio. Edith muito satisfeita com a situação teve a surpresa da municipalização em janeiro de 2007. Mesmo sendo peça fundamental na construção de tudo aquilo, sabia que seria bom para as crianças e aceitou o pedido para se retirar sem criar maiores problemas, deixando sua creche para o município que mudou seu nome para Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI).
Pensou em criar uma casa para idosos, mas acabou por continuar o trabalho com crianças. Hoje seu projeto de vida se dividiu, atendendo pelos nomes de “Associação Filantrópica Bem Me Quer” e “Lar Alternativo Os Girassóis”, que funcionam na mesma casa. Um serviço de telemarket ajuda a receberem doações, com as quais mantém o trabalho, pagam o aluguel e funcionários. Não recebem nenhum tipo de verba do estado.

NA HORA DO ALMOÇO AS CRIANÇAS COMEM OS LEGUMES E VERDURAS QUE AJUDARAM A CULTIVAR

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

COMUNIDADE

Por: Fabio da Silva Barbosa
Luiz Henrique Peixoto Caldas

Lixão divide Morro do Céu

Moradores do Morro do Céu, no bairro do Caramujo em Niterói, estão em constante conflito devido ao aterro sanitário existente no lugar. Uma parte, representada pelos moradores da Rua A, são contra. Seus argumentos se apoiam nos problemas de saúde provocados pelo aterro, proliferação de insetos, ratos e a ameaça de que com o aumento do Lixão a citada rua desapareça como aconteceu com a Rua Santa Edvige. Os favoráveis são representados pelos catadores. Eles garimpam dia e noite sua sobrevivência sobre as enormes pilhas de lixo que não param de crescer. Não tendo outra oportunidade de trabalho, o lixão se torna uma segurança financeira, já que conseguem uma média de trezentos reais semanais com a coleta feita no lixo.
Pessoas e máquinas trabalham sobre a enorme montanha de lixo

O catador Cláudio Abreu da Silva trabalha a 15 anos no lixão e alega existir certo preconceito por parte dos empregadores. Tanto ele quanto Marta Rodrigues concordaram que normalmente perdem a vaga quando se descobre que são moradores do Morro do Céu. Margarida, outra moradora da comunidade que vive da coleta, já arranjou emprego fora, mas foi mandada embora em um corte de funcionários e teve de voltar.

Podemos observar ruas por onde os carros e caminhões da Clin trafegam.

O Presidente da Associação de Moradores do Morro do Céu Dejair Gomes de Souza ficou dividido assim que assumiu o cargo em Março de 2005, mas logo chegou o momento de tomar partido da situação. “Fiquei muito tempo na neutralidade, pois os dois lados tinham argumentos válidos. Mas tive de reconhecer que muitos precisam do aterro para viver. Estamos falando de desemprego em massa. De tirar o sustento de varias famílias”.
O Presidente da associação de moradores Dejair Gomes de Souza

Desde 1983 o lixo de Niterói é enviado para lá, onde é espalhado, compactado e coberto por uma camada de saibro. A poeira que emana do lugar entra nas casas próximas provocando doenças respiratórias nos moradores. A catadora Maria Lucia sofre de bronquite, que se agrava a cada dia devido ao contato com a poeira. Cerca de 470 toneladas de detritos são lançadas no aterro por dia. Ambientalistas propõem a criação de um Ecopolo de reciclagem e energia que produzirá energia limpa (biogás) e adubo orgânico além de construir Ecofábricas com matérias primas oriundas do lixo, incentivando a implantação da coleta seletiva e de programas de reciclagem com participação direta de cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Até agora nada foi resolvido.
A usina existente trabalha com uma cooperativa que não agrada aos catadores e não consegue dar conta de todas as situações gerados pelo lixão, como o problema do chorume.

Os catadores apoiam a ideia da cooperativa. Ricardo da Silva, diz que gostaria de ter seus direitos trabalhistas assegurado por uma cooperativa que fornecesse um crachá de identificação, luvas e mascaras, além de um salário ao menos compatível com o que ganham coletando individualmente.

Os catadores


Os trabalhadores vêem seu serviço como um trabalho além de honesto, ecologicamente correto. Edna Gomes da Silva explicou que pilhas e baterias que não podem ser aterradas são encaminhadas por eles para a reciclagem. Outro fator importante nos foi exposto por Sérgio Luiz Bull, o reaproveitamento. ”Tem cada coisa que cai aqui dentro... Só vendo. Quase tudo agente aproveita. É boné, camisa, sapato... Outro dia veio um caminhão de batata carregado”.
Jurema de Jesus assegurou que além dos desempregados, muitos aposentados têm de encarar a vida de catador para complementar a renda. Ela mesma com osteosporose e problemas neurológicos tem de trabalhar duro no Lixão para se sustentar. Ainda conseguindo ajudar a filha e o neto que moram em Itaboraí. “Enquanto tem muita gente dormindo nós estamos aqui trabalhando. É melhor do que roubar ou se prostituir. Fui morar um tempo em Itaboraí tentando arrumar emprego e até fome passei”.

Os caminhões despejam lixo 24 Hs por dia no lugar


Outros problemas

Além dos problemas apresentados pelo Lixão e o conflito entre moradores que tentam definir seu destino, outras mazelas afligem o Morro do céu. Embora a prefeitura mande alimentos, a verba que auxiliava a associação de moradores foi suspensa. Uma parte da comunidade está sem água por falta de bomba e em alguns pontos a pavimentação deixa a desejar.
O controle de zoonozes fica na Rua Gustavo Moreira, dentro da comunidade, mesmo assim o número de cães soltos pelas ruas é espantoso, muitos bravos ou doentes.
A comunidade só tem condução até 23:00 Hs. Depois desse horário o ônibus 26 – Morro do Céu para e o único jeito de sair ou entrar no lugar é pedindo carona aos caminhões de lixo, que circulam 24:00 Hs pela redondeza despejando lixo no aterro. Até ao hospital vários moradores já tiveram de ir através de carona nos caminhões.

Uma comunidade está sendo erguida sobre o lixão. Observe as moradias.

Faltam ainda área de lazer e aulas de informática. Chegaram vários computadores no projeto Chico Mendes, mas não se sabe por que ou por quem foram todos recolhidos.
O Gari Comunitário conta hoje com apenas um trabalhador para manter toda região limpa.
O tesoureiro Marielson, nos apresentou a Rua Íris de Meneses. Uma rua residencial que contorna o lixão e que está entre os lugares mais carentes. Disse-nos que a rua está precisando de uma atenção especial, pois muitos pedidos já foram feitos direcionados a ela e até agora não houve resposta.
ENDEREÇO DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO MORRO DO CÉU:
Almezina Barbosa – 256
Morro do Céu
Caramujo













Tesoureiro Marielson com os catadores
O nosso amigo Francisco Bragança, jornalista e cineastra, nos enviou esse pedido de apoio da comunidade acadêmica que está lutando, como sempre, para um mínimo de condições para passar seu conhecimento adiante.
Reproduzimos a carta aqui para divulgar aos nossos leitores essa importante mobilização que está acontecendo.
----- Original Message -----
From: Antonio Paiva Filho
To: Lista CINEMABRASIL

: Perigo para a área de artes!

Para a informação de todos.

From: Ananda machado < machado.ananda@gmail.com>> Date: 11/12/2007 15:22 >

O Prof. Belidson Bezerra da Universidade de Brasília nos alertou sobre um processo que tramita no CNPq para a retirada da área> de ARTE-EDUCAÇAO como área de conhecimento dentro da tabela do CNPq. Como voces sabem o CNPq financia uma serie de projetos e bolsas dentro das areas de conhecimento reconhecidas pelo orgão.
Se acontecer a retirada de ARTE-EDUCAÇãO como ÁREA de conhecimento não teríamos o apoio do CNPq pra projetos tipo PIBIC em arte educação, nem mestrado , nem doutorado, etc.!!!! Ele diz que seria importante encaminhar todo e qualquer movimento pro-ativo para que a área acorde para o monstro que pode ser isso .
Diante disso, e tendo eu mesma ja assinado a lista, repasso a voces o link da petiçao em prol da PERMANENCIA da area de ARTE EDUCAÇAO como area de conhecimento no CNPq para que voces leiam e se concordarem assinem e repassem . Consideramos uma açao de grande importância para nós, arte-educadores.

O link da petiçao é

http://www.petitiononline.com/artecnpq/petition.html

http://www.petitiononline.com/artecnpq/petition.html

onde há uma carta da Profa. Ana Mae Barbosa pedindo ao diretor do CNPq, Professor Dr. Marco Antônio Zago que reveja o posicionamento da instituição pois, desta forma, perdemos o reconhecimento de área e, por consequência, muitas das conquistas dos últimos 20 anos! Ao final da carta, no centro da pagina, ha uma barra para acessar o abaixo assinado. Ao clicar a barra aparecera o formulario. Preencham os dados solicitados. Na parte comentario basta colocar concordo com a petiçao (como no modelo). Apesar da solicitaçao de endereço nao ser obrigatoria pedimos que escrevam pelo menos o nome da cidade e o estado para darmos visibilidade da abrangencia da petiçao. E na RG coloque o estado que emitiu a carteira de identidade
Abraços,
Ananda

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

QUER ENCONTRAR O JORNAL IMPRESSO UNITERÓI, ABRIR NA PÁGINA 4 E LER SOBRE SUA COMUNIDADE? É SÓ IR ATÉ UMA DESSAS BANCAS EM NITERÓI:
BANCA DO CARLINHOS - Rua Guilherme Brigs- São Domingos
BANCA DO MARCOS - Rua Joaquim Távora - 1º quarteirão da praia
BANCA DO MARCOS - Rua Otávio Carneiro - 1º quarteirão da praia
BANCA DO LUIZ - Rua Mariz e Barros - Em frente a Bibi Sucos
BANCA DO GILSON - Rua Moreira César - Entre a Oswaldo Cruz e Belizário Augusto
BANCA DO FLÁVIO - Av. Rio Branco / Rua da Conceição Em frente a Loteria
BANCA DO RAFAEL - Av. Rio Branco - Em frente a Drogaria Popular Banca - Av. Rio Branco - Ao lado do UNIPLI
BANCA DR.SARDINHA - Na rua Dr. Sardinha em Santa Rosa, em frente a loja Ponto da Construção.

INCÊNDIO

DURANTE A MATÉRIA FEITA PARA O IMPRESSO, PUDEMOS OBSERVAR EM VÁRIAS LOCALIDADES DA ENCOSTA DO MORRO DO CAVALÃO O MATO ALTO E O ABANDONO
BOMBEIROS TRABALHANDO DURANTE O INEVITÁVEL INCÊNDIO NA ENCOSTA DO CAVALÃO
DEPOIS DO FOGO ESTAR CONTROLADO, FICOU AS MARCAS DO QUE PODERIA TER SIDO EVITADO.
LEIA ABAIXO A MATÉRIA RECHEADA DE FOTOS





Texto-Fotos:
Fabio da Silva Barbosa

Luiz Henrique Peixoto Caldas


A encosta do Morro do Cavalão em cima da entrada do túnel em direção São Francisco - Roberto Silveira, pegou fogo no mato que já estava alto, na quarta feira 26/08. Os bombeiros foram acionados as 10:30, chegando no local as 10:40. As 10:50 o fogo já estava quase apagado e as 11:00 a missão estava cumprida com eficiência e rapidez.


Esse incêndio ocorreu após fazermos a matéria na comunidade e termos alertado sobre o problema do acúmulo de lixo e mato alto em toda sua encosta. Esse não foi um acidente isolado e pode se repetir a qualquer momento, já que o mato continua a crescer na redondeza. Dessa vez não houve vítimas. Será que na próxima a população local terá a mesma sorte?































sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

CHUVA É MOTIVO PARA FICAR EM CASA NO FINAL DE SEMANA?

NESSE DOMINGO A COMUNIDADE DO NORTE E NORDESTE TEM UM ENCONTRO MARCADO EM NITERÓI NA ESQUINA DA RUA DUQUE ESTRADA COM PROFESSOR OTACÍLIO EM SANTA ROSA PARA O TRADICIONAL CAFÉ DA MANHÃ NORDESTINO SEGUIDO DO LANÇAMENTO DO LIVRO DE LITERATURA DE CORDEL QUE PROMETE FAZER BARULHO.
DAS 11:00 AS 16:00
NÃO PERCA.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007



ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA BELTRÃO
Fotos e texto:
FABIO&lUIZ

PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES BELTRÃO- CARLOS MOMOCO

Comunidade: Vamos fazer uma experiência nova para a seção. Eu lhe dou o tema e você disserta sobre ele. É só falar a primeira coisa que vier a sua cabeça. Vou improvisar.

Presidente: Ta certo!!!

Comunidade: Água

Presidente: Ninguém aqui quer água de graça. Existe uma taxa mínima de R$ 17,00, como tem no Vital Brasil. Dentro da nossa comunidade 90% tem água e 10% não tem. Como pode??? Já nos informamos que basta Trocar uma peça que a bomba abastece a todo mundo.

Comunidade: Luz

Presidente: Tem apenas 3 pontos que falta luz. Já foi solicitado à 2 anos luz para esses lugares. Afinal, luz é segurança.

Comunidade: Saneamento

Presidente: É péssimo. Inclusive no processo que te falei sobre a questão da água está incluso o saneamento. A ex-presidente que começou a bater de frente, quando houve aquela cobrança dos que nem água recebiam. Ela foi lá e reclamou. Estamos dando continuidade.

Comunidade: Estado

Presidente: Poderia estar dando mais uma moral, não só para a Beltrão, mas como um todo. Para Niterói.

Comunidade: Pavimentação

Presidente: Depende de tudo. Não vemos obra de verdade a mais de quinze anos.

Comunidade: Transporte

Presidente: É bom para quem fica mais para beira da pista. O pessoal lá de cima só tem a Kombi e o moto táxi.

Comunidade: Fechou. Muito obrigado.

GALERA DA BELTRÃO

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Resultado da 1° enquete

QUE NOTA VOCÊ DARIA PARA A ADMINISTRAÇÃO DE NITERÓI?
MENOR QUE ZERO 4 (30%)
ZERO 4 (30%)
ENTRE UM E CINCO 5 (38%)
ENTRE CINCO E DEZ 0 (0%)
MAIOR QUE DEZ 0 (0%)
Votos: 13
Enquete encerrada
COMUNIDADE BELTRÃO

Comunidade pede socorro-2º parte



fotos e textos:fabio da silva barbosa (kabullozi)

luiz henrique peixoto caldas (luffy)





















Vizinha da Alarico de Souza, a Beltrão compartilha com essa comunidade irmã os desgostos de ser esquecida pelo estado, que deveria olhar por elas. Como na anterior, a associação não tem sede. Suas reuniões e eventos ocorrem no depósito de caçambas Camboatá, situado na Travessa Beltrão n° 113, que pertence ao velho amigo da comunidade João Bosco Correia. O Presidente Carlos Henrique de Oliveira tece mil elogios a esse companheiro que já os ajudou diversas vezes, como quando cedeu várias caçambas para retirar entulho na construção do campo de futebol.

Há quatro anos na Presidência, Carlos conta que o desinteresse das autoridades é grande e que com a única bomba que tem não é possível abastecer todo lugar. Moradores nos informaram que em certas localidades não tem água nem para beber.
A companhia, Águas de Niterói, embora tenha comparecido com presteza quase no mesmo momento em que foi chamada não conseguiu resolver o problema da bomba que havia queimado na quarta feira 19/09/07 na hora, deixando não só quem já tem o problema como rotina, mas toda comunidade sem água, já que não possui bomba reserva. O registro não pode ser fechado por estar cheio de lama, detritos e pedras.

Existe um processo no ministério público há 3 anos tratando do problema d’água e sobre cobrança indevida de moradores que vivem nessa área desabastecida. O Presidente usa o raciocínio lógico de que se a pessoa não recebe água, por que ela deveria pagar. Embora esteja certo, tem consciência de que esse tipo de processo demora a dar resultado.
A Rua Otavio Lemgruber, além de sofrer com a eterna falta d’água, ainda nos foi informado que enfrenta outro problema. Já que na localidade tem outra rua com o mesmo nome, as correspondências muitas vezes chegam ao lugar errado. João Bosco nos falou um pouco sobre isso: “Em Rua de bacana isso não acontece. Tem até briga para ver qual nome vai botar. Troca de nome toda hora. Enquanto aqui, além de rua sem nome ainda tem rua com nome repetido."
Saneamento é coisa que não existe. Uma vala de esgoto corta toda comunidade, passando pelas portas de residências e margeando o caminho feito pelos moradores. João Bosco lembrou do tempo em que por ali passava água límpida. Falando em limpeza, a queixa sobre a quantidade insuficiente de garis também se repete aqui, mas com um agravante, eles têm apenas um gari para toda comunidade.
O caminho que vai para Alarico de Souza, muito usado pelas duas comunidades é uma trilha acidentada. A Secretaria de Integração comunitária teria se comprometido com ambas a 8 meses atrás em melhorar as condições de acesso entre elas.

No inicio da rua que foi asfaltado não foi posto quebra molas, o que já ocasionou 2 atropelamentos. Os carros entram em alta velocidade enquanto varias crianças estão passando.
A quadra onde era o Grêmio Recreativo Acadêmicos do Beltrão, mesmo precisando de reparos, tem abrigado alguns eventos, como o pagode que acontece aos sábados e tem como função para a associação poder arrecadar um fundo de reservas que se possa contar em casos de emergência. No ultimo pagode o dinheiro da entrada foi substituído por 1 quilo de alimento não perecível, a serem distribuídos para os mais carentes. Dona Tereza é outra a se beneficiar da velha quadra. Perdeu a casa e tudo que tinha dentro durante uma enxurrada. Dês de então passou a morar por lá.
As pessoas apesar de chateadas com tudo isso, vivem com o máximo de dignidade. Os irmãos Carlos Eduardo e Rafael Carvalho Santos resolveram o problema do desemprego com criatividade. Montaram um lava jato em frente ao campo de futebol no início da travessa Beltrão de onde tiram sua renda. A geral é R$12,00, só por fora R$6,00 e moto também R$ 6,00.
No próximo mês espera-se a chegada de dois projetos, já que até o momento não há atuação de nenhuma Ong na comunidade. Um deles é o Funcab, uma Ong que presta serviços para o Viva Rio. O outro não souberam explicar bem do que se tratava, mas seja o que for, se trouxer o bem, será por eles recebido de muito bom grado.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Comunidade

Texto&Fotos:
Fabio da Silva Barbosa
Luiz Henrique Peixoto Caldas

COMUNIDADE ALARICO DE SOUZA (ZULU)

Comunidade pede socorro-1º parte


Ricardo (Presidente da Associção), Lucio flavio (Professor da escolinha de futebol) Luiz Fernando (Diretor de espotes)

Moradores do Zulu, conhecido oficialmente como Comunidade Alarico de Souza, passam por inúmeras dificuldades, como por exemplo, a falta de atendimento médico. Pessoas em condições de saúde precária têm de enfrentar uma caminhada de aproximadamente 1h na tentativa conseguir atendimento no posto da Comunidade do Vital Brasil. Segundo o Presidente da associação, José Ricardo de Oliveira Montera, já houve casos como o do morador José Carlos que, quase veio a falecer devido a distúrbios na pressão. “ Tem comunidades próximas com dois módulos do Médico de Família. Por que não podemos ter um? ”
Embora exista o gari comunitário, não há um número suficiente de trabalhadores para manter o lugar limpo. Já se pode observar acúmulo de lixo em uma área acima do coqueirinho, formando um pequeno lixão, onde moradores tomaram a iniciativa com enxadas de abrir uma estrada de chão, para a passagem do caminhão pipa. Exatamente ali acaba o asfalto e a luz, desmotivando donos de empresas de ônibus a colocar transporte coletivo no lugar. O presidente nos informou ainda que uma linha de ônibus não traria benefícios apenas aos dez mil moradores de sua comunidade, pois dali se tem caminho para Ititióca e Atalaia.
Mesmo com o serviço de moto táxi e a linha de transporte coletivo Alarico – Dr. Sardinha que em muito os auxilia, os usuários tem dificuldade de chegar em casa após o horário de funcionamento dos transportes já existentes e de ir a outros lugares mais distantes, como o centro da cidade, tendo assim duas despesas, uma para descer e outra para pegar o ônibus na rua principal.
O único projeto em prática atualmente no lugar é o Nil (Núcleo de Integração e Laser), contando com a ajuda de Luiz Fernando Ferreira e Lúcio Flávio Cabral da Silva, ambos moradores e professores da escolinha de futebol que atende a 150 crianças entre meninos e meninas. As aulas acontecem em uma quadra que está correndo risco de desabar. Lúcio Flávio nos contou que uma parte da quadra já caiu na casa de uma moradora. Um mutirão teve de ser organizado para tirar a terra de dentro da casa. O projeto acontece diariamente a partir das 19 hs . Por sinal Mamona ( Lúcio Flávio ) bota pra quebrar com a criançada.

campinho

O campo, onde acontecem várias atividades, como o campeonato, que em 2006 teve o time local, União do Zulu, como vencedor e o futebol dos veteranos, não se encontra em situação melhor. Assim como na quadra, falta estrutura para os eventos. Falta iluminação, alambrado, vestuário, manutenção na tela de segurança, impedindo que a bola role morro abaixo e uma sala para guardar o material esportivo.
Dentro da Alarico existe uma população, conhecida como Comunidade da Santa, em que a água ainda não chegou. Crianças de 5 anos em diante são vistas pegando água no poço para abastecer suas casas. Alguns tem de caminhar até duzentos metros carregando as latas d’água. O Presidente afirma que a companhia Águas de Niterói já esteve no lugar fazendo vistoria e tirando metragem do terreno. Pelo que lhe foi passado o projeto está pronto há muito tempo, mas até agora nada foi feito para reverter essa situação.

Poço (ao lado do campo)

Não ter sede é outro problema que a Associação tem de driblar. Luiz Fernando contou com tristeza que teve de abrir mão de 300 livros que lhes seriam doados por não ter onde guarda-los. As reuniões e encontros são feitos na creche.
A creche atende crianças de 2 a 6 anos e funciona de 8h às 17h, com direito a café da manhã, almoço, lanche e jantar. Uma das poucas conquistas da comunidade, permite que os alunos saiam prontos para alfabetização.
Em meio a tanta carência o presidente se permite sonhar com o dia em que fará um segundo andar, construindo um berçário para atender as mães que precisam trabalhar e não tem onde deixar seus filhos com menos de dois anos. Um Tele Centro é outro objetivo que ele gostaria de concretizar.

creche

Aproveitando a oportunidade José Ricardo agradece a Comte Bittencourt por ter sido um dos únicos a colaborar com a comunidade em todos esses anos de luta.

Personalidade: Ademir Rosa

Ademir de casaco verde e muletas
Ademir Rosa é uma daquelas figuras raras, personagem querido por todos. Fundador do time SOS Futebol Clube, que cresceu até se transformar no time que hoje carrega o nome do lugar. Foi responsável pela organização de festas na comunidade e junto com sua amiga desenhista Luana de 20 anos, decorou o muro vizinho do campinho para os jogos Pan-americanos que ocorreu no Rio de Janeiro este ano.
Há seis meses esperando na fila do SUS pela operação do fêmur, que mesmo fraturado, o carrega pelos caminhos da comunidade que conhece tão bem, Ademir recorda quando fundou o SOS Bloco Carnavalesco e quando ajudou a fundar o ponto de encontro onde hoje é a pracinha.
Músico nato, já tocou em diversos conjuntos e conheceu personalidades como Biafra e Paulinho do Kid Abelha. Lembrou com saudade do grupo Brilho do Sol e Colégio Brasil (atuou em ambos).
Ademir ainda tem instrumentos guardados em casa e faz projetos para o futuro. Tocar muita MPB e assistir ao dia em que o lugar que o viu nascer receba alguma atenção das autoridades competentes. Assim que conseguir se operar.