sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Associações de Pescadores apostam na Maricultura como alternativa as atuais dificuldades enfrentadas pelo setor.

(Mais uma do especial Comunidade Pesqueira)
TEXTOS E FOTOS POR: FABIO DA SILVA BARBOSA
E LUIZ HENRIQUE PEIXOTO CALDAS

Para falar de Maricultura, temos de falar sobre Jurujuba, que é referencia na atividade em Niterói. No lugar existem atualmente 3 Associações trabalhando no cultivo de mariscos. A mais antiga é a Associação Livre de Maricultores de Jurujuba, que tem como Presidente o Senhor Misael. As duas outras são mais recentes. Associação das Mulheres dos Povos D’Água é presidida por Sonia e a terceira pelo senhor Gilmar, que atualmente vem lutando para conseguir cursos junto a PETROBRAS para seus associados. As dificuldades não são poucas, mas tem sido uma alternativa para os pescadores. Misael nos explicou que quando a produção chega ao nível alcançado o retorno é inevitável “Basta esperarmos o período necessário que o mexilhão atinge um bom tamanho e podemos comercializar.”

O pescador e maricultor André Luiz, colaborador da Associação das Mulheres dos Povos D’água nos explicou como funciona o processo de produção dos mariscos em cativeiro.


Comunidade: Como acontece o plantio do mexilhão?

André Luiz: “Temos de ancorar o chamado Long Line, conhecido como espinhal, com uma ancora em cada ponta. Para sustentar os mexilhões que estão nesse espinhal são usados galões, que funcionam como bóias. Quando são usadas pencas menores costumamos coloca-las próximas para aumentar sua sustentação. Normalmente as pencas são colocadas de 40 a 40 centímetros umas das outras.

Comunidade: E o peródo para coleta?

André Luiz: O período ideal para coleta é de 6 meses, mas quando se está começando se colhe a partir de 5 meses para se ter um retorno mais rápido, dando condições de fazer outra safra. Procuramos sempre colhe-los no inverno, porque embora a demanda seja a mesma as dificuldades aumentam para se trabalhar. O que nos permite ter acesso a melhores preços.

Comunidade: Há quanto tempo você trabalha no ramo?

André Luiz: Já trabalho nesse ramo a 8 anos, mas nas chamadas fazendas marinhas a 5.

Comunidade: Fale um pouco sobre as associações?

André Luiz: Com a chegada da associação tudo ficou mais fácil. Foi um grande passo a frente. Embora tenhamos muitas dificuldades, já que estamos começando. O apoio é pouco. A coisa funciona mais por um esforço da própria comunidade em volta de uma mesma finalidade. As mulheres estão com uma força de vontade incrível. Tenho fé que tudo vai dar certo, apesar dos empecilhos que estamos tendo.

Um comentário:

Associação das Mulheres dos Povos das Águas disse...

andre , vc falou bonito, mostrou, que o maricultor , pescador ,passa dia a dia , para o sustento de sua familia,pena andre que tem pessoas , de nossa comunidade , que nos olha , com indiferença , deveriam juntar-se a nois para lutarmos , assim venceremos , mais usam seu tempo livre , para falar de quem faz. eu faço que posso, não o que os outros qurem que faço. abraço